Mesmo que muitos não aceitem (ou discordem) , São Paulo é uma das poucas cidades do planeta onde grandes nomes da música internacional podem se apresentar em dia de semana que haverá certeza de um grande e animado público . E foi nesta característica que os organizadores promoveram a segunda edição do Free Pass Metal Festival com as bandas King of Bones, Accept e Anthrax. Quando se promove um festival em uma local conceituado, como o Tom Brasil, é desnecessário salientar que os horários são seguidos. Talvez este seja um dos motivos da longevidade do empreendimento e o sucesso da Produtora Free Pass.
“Walking On The Edge”, na minha opinião, tem um grande instrumental com a alma do tradicional heavy metal oitentista. Contando com a participação do público, com o lançamento das tradicionais bolas gigantes, a participação da banda fechou com 3 boas canções do primeiro trabalho (We Are the Law): “We’re Stronger”, “Heroes” e “We Are The Law”.
Um grande acerto ao convocar o King of Bones para este evento e tenho certeza que se depender do talento de seus integrantes irão alcançar vôos maiores muito em breve.
Set list:
1 – Intro / No Way Out
2 – Hold Me Closer
3 – Find Your Salvation
4 – Walking On The Edge
5 – We’re Stronger
6 – Heroes
7 – We Are The Law
Banda:
Júlio Federici (Vocal)
Rafael Vitor (Baixo)
Renato Nassif (Bateria)
Rene Matela (Guitarra)
ACCEPT
Com datas programadas até julho de 2018 , a turnê de divulgação do recente álbum (The Rise of Chaos) , São Paulo foi o ponto de partida para o capítulo dedicado ao Brasil. Não tenho receio de comentar que mesmo o Accept sendo um dos maiores expoentes do gênero, nunca esteve entre minhas 50 bandas preferidas, por outro lado devo admitir que para músicos em torno de 60 anos (exceto o baterista) , a garra e disposição destes no palco é de fazer inveja a muito moleque.
Com muita expectativa entre os presentes, após uma breve introdução “Die by the Sword” (que não é um cover do Slayer) iniciou a apresentação, que faz parte deste novo trabalho. Com o acender da iluminação um palco muito bonito, com recursos de profundidade dando a todos uma experiência diferenciada. Com “Stalingrad” a energia dos músicos era contagiante, sentindo e retribuindo a energia que o público apresentava.
Há quase 10 anos na banda Mark Tornillo mostra que Udo Dirkschneider é uma página virada na história da banda. O seu tom de voz cabe perfeitamente não só no Accept mas também no AC/DC. A apresentação contou com as clássicas “Restless And Wild”, “London Leatherboys” , intercalando com sucessos da nova fase como “Final Journey” . As icônicas “Analog Man” e “No Regrets” deram sequencia.
“Princess of the Dawn”, “Objection Overruled” e “Fast as a Shark” fazem o Tom Brasil virar um verdadeiro caldeirão . Peter Baltes (baixo) e Wolf Hoffmann (guitarra) se mostram bem à vontade e interagiram muito com o público. E sendo bem honesto com você, meu estimado leitor, o outro guitarrista (Uwe Lulis) assim como Janick Gers é um peso morto na banda.
Incia-se o famoso riff de “Metal Heart” , unindo todos os presentes a entonação em coro (incluindo o famoso solo de guitarra) anunciando a todos que a apresentação estava entrando em sua reta final. Ao som de “Teutonic Terror” e “Balls To The Wall” a banda encerrou sua passagem por terras paulistanas em 2017.
Set list:
1- Die by the Sword
2- Stalingrad
3- Restless And Wild
4- London Leatherboys
5- Final Journey
6- Analog Man
7- No Regrets
8- Princess of the Dawn
9- Objection Overruled
10- Fast as a Shark
11- Metal Heart
12- Teutonic Terror
13- Balls To The Wall
Banda:
Mark Tornillo (Vocal)
Peter Baltes (Baixo)
Wolf Hoffmann (Guitarra)
Christopher Williams (Bateria)
Assim que a introdução terminou , o público viu que o show iria ser matador, “Among the Living” abriu a apresentação. “Caught in a Mosh” foi executada logo depois. Na sequência um dos covers mais sensacionais do metal “Got the Time” que tem um riff matador e numa velocidade levemente maior que a versão em estúdio . Era nítida a vibração da plateia, que cantava o refrão com empolgação, afinal eram três clássicos incontestáveis e todos queriam as três no setlist
Muitos corintianos vão achar que “Madhouse” é a música feita exclusivamente para essa torcida, mas não é, nunca foi e nunca será… seguida pela nova e o primeiro single da volta de Belladona a banda, a pesada “Fight ‘Em ‘Til You Can’t” do álbum Worship Music e uma música do último álbum “Breathing Lightning” .
As músicas “Medusa″, “Am the Law” e “March of the S.O.D.”, do famoso projeto paralelo S.O.D, e “Blood Eagle Wings” mantiveram o público envolvido com o show. Em vários momentos, a banda interagiu com o público, que se mostrou bastante receptivo e satisfeito !!
Um instante de dúvida pairou no ar….. continuar ou não (Yes, no, yes, no) com o com show ? E assim a euforia foi geral com “Be All, End All” . Da euforia ao pensar pelo sentido de suas escolhas “Nice Fuckin’ Life” começa à capela . Pensei que só Freddie Mercury e a seleção brasileira haviam fariam isso ao vivo.
Já se aproximando do final, a música subsequente foi “Antisocial”, um cover do Trust, que faz companhia a “Be All, End All” no álbum State of Euphoria, com uma introdução de fazer inveja ao Dave Lombardo. Infelizmente com “Indians” a banda encerrou sua atuação. Até cheguei a pensar que teria “Closer to the Heart” , mas não foi desta vez …
Para uma banda com mais de 35 anos de estrada e dezenas de hits , um set de 90 minutos chega a ser decepcionante, principalmente quando nenhuma musica da fase do John Bush foi lembrada, embora essa tenha sido a característica da banda como Frank Bello nos disse em uma entrevista exclusiva na época que abriram para o Iron Maiden no Allianz Park.
1-Among the Living
2-Caught in a Mosh
3-Got the Time
4-Madhouse
5-Fight ‘Em ‘Til You Can’t
6-Breathing Lightning
7-Medusa
8-I Am the Law
9-March of the S.O.D.
10-Blood Eagle Wings
11-Be All, End All
12-Efilnikufesin (N.F.L.)
13-Antisocial
14-Indians
Banda:
Charlie Benante (Bateria)
Frank Bello (Baixo)
Joey Belladonna (Vocal)
Jonathan Donais (Guitarra)
Scott Ian (Guitarra)
Apoteótico o Free Pass Metal Festival e ver uma Quinta Feira Brava, um público praticamente “Sold Out “, mostra ainda que com qualidade e profissionalismo o público comparece.
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