Freedom Call @Manifesto Bar – São Paulo/SP (02/12/2016)
Postado em 12/12/2016


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Resenha: Tamira Ferreira

Fotos: Tamira Ferreira

Passava-se das 21h quando o público entrava no Manifesto Bar numa sexta à noite para presenciar um momento importante para o heavy metal melódico. A estreia da banda alemã Freedom Call em solo brasileiro.

Enquanto os fãs esperavam pelo show, tomando uma cerveja, ou conversando, os músicos entraram no Manifesto e passaram pelo meio do público recebendo uma salva de palma.

Freedom Call se classifica como uma banda de “happy metal”, com letras positivas e canções animadas. Formada por: Chris Bay (vocal, guitarra), Lars Rettkowitz (guitarra, backing vocal), Ilker Ersin (baixo, backing vocal) e Ramy Ali (bateria, backing vocal).

Era por volta das 22h quando a banda entrava ao palco, para a alegria dos fãs, em sua maioria homens.

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O show começou com “Union of the Strong” e seu forte refrão pedindo para o público erguer as mãos e pular. Todos cantavam juntos com o vocalista cada palavra da música. A união entre fãs e banda se consolidava desde o começo da apresentação e a cada canção tocada.

A próxima do setlist era “The Eyes of the World” do álbum “Eternity”.

O mais legal de um show no Manifesto Bar é o clima intimista e o contato direto entre banda e público.

Uma característica marcante da Freedom Call são as introduções das músicas. A plateia fazia um coro uníssono a cada uma e não foi diferente com Farewell, terceira canção da noite.

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Vocalista, Chris Bay, arriscou algumas palavras em português como: “Oi, como vocês estão?”, “Obrigado”, “Tudo bem?” e “Falo português perfeitamente”. Seu sotaque forte levava os fãs ao riso a cada tentativa em falar nosso idioma.

A noite continuava com “Island Of Dreams” do álbum “Eternity” e “The Quest” do álbum “Crystal Empire”.

Era visível a satisfação no olhar dos músicos que interagiam e conversavam com o público o tempo todo. O vocalista até contou sobre a expectativa de estar no Brasil.

“Nós estivemos no México e foi bem legal, então estivemos na Colômbia, foi muito legal. Não acreditávamos como o público podia cantar mais alto que nós. Mas algumas pessoas nos diziam: ‘Hey! Vai pra Argentina e depois para o Brasil!’ Vocês conseguiram derrubar a Colômbia, a Argentina e o México.”

O sentimento de união entre banda e público se consolida ainda mais quando Chris explica para o público que o Heavy Metal é para todos, não importa sua cor ou origem, dando a deixa para tocar um dos clássicos da Freedom Call, “Metal is for Everyone”.

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Antes de tocarem “Power and Glory”, a banda queria ver se o público conseguia gritar o mais alto possível quando Chris terminasse de contar, em português. Após ter o pedido, todos começaram a cantar o refrão da música. Chris agradeceu, mas queria que todos se aproximassem do palco para cantar junto e ainda disse que estava muito animado por aquele momento.

E o show continuava com músicas que fazem parte dos quase 20 anos de banda, performando “Tears of Babylon” e “We Are One”.

Uma fã perguntou se Chris Bay aceitava se casar com ela, o vocalista de uma risada e disse: “Você é rica?”.

O público continuava querendo mais e gritando o nome da banda. Então era hora de tocar a música “Freedom Call”.

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Por volta das 23h, os músicos deixam o palco, porém a plateia não se mexia e continuava a chamar pela banda e os integrantes.

Quando eles voltam, o vocalista olhou para os fãs e disse, em tom de brincadeira: “Vocês ainda estão aqui?”.

A próxima música do setlist era “Bleeding Heart” e foi dedicada a todas as vidas perdidas no acidente com o avião da Chapecoense. Segundo a banda, eles estavam em Buenos Aires quando ficaram sabendo do ocorrido.

Foi um momento muito emocionante para todos.

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O fim do show estava próximo quando o vocalista pergunta para os fãs se ali haviam “guerreiros da luz”, ainda arriscando no português. Então as duas últimas músicas da noite foram tocadas, “Warriors” e “Land Of Light”.

Ao término, os músicos abraçaram alguns fãs, distribuíram palhetas e baquetas. E assim acabava a apresentação da Freedom Call, uma banda que transborda simpatia, talento e heavy metal.

Essa foi a primeira vez da banda no Brasil, mas tenho certeza que os fãs desejam que não seja a última.

Agradecimentos à The Ultimate Music Press e a Dark Dimensions Produtora.

 

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