Um projeto audacioso que incluirá sempre 3 guitarristas especialmente das regiões norte e nordeste, completamente fora fora do eixo Rio-São Paulo, no intuito de mostrar toda a qualidade musical que existe no Brasil nas seis cordas, o SESC realizou o Projeto Guitarras Brasileiras, e a cada edição terá dois dias de apresentação na Comedoria do Sesc Belenzinho, a primeira aconteceu nos dias 10 e 11 de julho.
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Embora não seja totalmente participado e ligado ao Rock, e como os convidados desta edição são exímios guitarristas, a primeira edição trouxe Robertinho de Recife, Felipe Cordeiro e Pepeu Gomes, e claro que como símbolo máximo do Rock gostaríamos de conferir como seria o show. Vale destacar que Felipe Cordeiro e Robertinho de Recife estarão no Papo Heavy Metal que em breve estará no ar.
Ambas as datas tiveram lotação máxima, e várias pessoas com camisas pretas de bandas estavam presentes, e no horário previsto, como sempre acontece nas unidades do SESC, tivemos o primeiro músico no palco que seria Robertinho de Recife e após um pequeno solo, tipo de aquecimento, até muitas vezes comum quando temos músicos de técnica mais aprimorada, e na sequencia um blues clássico, com muito “feeling” e técnica indescritível, e não reconheci a música de imediato porem após alguns trechos onde quem cantava não era o músico e sim a plateia, reconheci a faixa que se tratava de Revelação de Fagner.
Robertinho conta de como ele gravou a faixa do Cd do Fagner, que na época não teria guitarra e seria acústico e em um intervalo onde Fagner saiu do estúdio o produtor pediu que Robertinho solasse na faixa e essa foi a versão que foi graada, mas que havia desafinado no primeiro take, e Fagner acabou ouvindo e após outros takes todos gostaram da “versão com final desafinado” e foi a que ficou registrado.
Robertinho avisa, agora a coisa vai ficar bem pesada e com um medley co alguns trechos de seu álbum Rapsódia do Rock, o músico detonou na guitarra ainda mais, mostrando o porque é considerando um dos grandes guitarristas brasileiros e empolgou a todos ainda mais no belíssimo modelo de guitarra que usou durante a apresentação. A seguinte foi um de seus primeiros sucessos ” Baby Doll de Nylon” e ali a galera daquelas que participa de festas de flash back, se esbaldou pela grande hit de lembrar o passado, as vezes a infância, e cantar a parte da música “você você você” e o público participando bem e sempre interagindo empolgou certamente os músicos.
Ali eu achei que como foi bem feito esse encontro de guitarristas e ao convidar o segundo músico da noite, o guitarrista Felipe Cordeiro, a banda foi a mesma sem troca de palco ou tempo que o público fica esperando a próxima atração e já devidamente aquecidos já tivemos os dois músicos, Felipe Cordeiro e Robertinho de Recife executando a música ” Fim de Festa”.
Felipe Cordeiro se apresenta lembra o quando era bom de estar ali, se apresenta e anuncia um das suas músicas bem conhecida, “Lambada com Farinha”, e ali ficou claro o estilo de Felipe que se a linha chama Guitarradas da Região Norte do Brasil, ele não é nem tenta ser um virtuose apenas fritando, porém como guitarrista base ele soa bem completo fazendo as bases e preenche bem em toda a musicalidade.
Eu estava pensando como a plateia reagiria a uma sonoridade bem diferente do que ouvimos, já que sua música tem raízes da cultura de Belém no pará, mas voltemos a técnica de Felipe Cordeiro, pois o que ele toca é brincadeira, a base fica totalmente preenchida e mostra uma excelente presença de palco não parando de tocar e agitando todo o tempo, o que faz com que qualquer show ganhe em participação do público, e assim foi também nas faixas seguintes Lambada Complicada, Melo do Apaixonado, Conversa fora.
Hora de chamar o terceiro guitarrista da noite e logo com Pepeu Gomes no palco vem a primeira que chamava Amazonia, depois uma música com um tom bem latino quando executou chicana, e a sequencia veio forte com Bilhete para Didi e Malacaxeta. Expressar em palavras o que Pepeu Gomes toca é brincadeira
Falando um pouco da história dos músicos eles foi o primeiro a ser vaiado no Rock in Rio e após um solo de guitarra, ganhou toda a galera que esperava os shows de Heavy Metal na primeira edição do Rock in Rio em 1985.
Alguns haters podem contestar já que ele sempre menciona que não aceitou convites do Megadeth e Living Colour para entrar na banda, mas a técnica dele é monstruosa, e em um dos solos que tocou durante as faixas quando executou um trecho rápido de “brasileirinho” aquilo foi fantástico, deixando a plateia literalmente de boca aberta.
A técnica aprimorada, influenciado principalmente em Hendrix é sempre viva em sua música e a mescla do rock com ritmos brasileiros não veio dos saudosos anos 90 como alguns pensam e sim pelos Novos Baianos duas décadas antes da qual Pepeu Gomes foi um dos principais responsáveis por essa fusão e conhecido por todo o mundo por isso.
Pepeu chama Robertinho e Felipe de volta e tocam um cover de Carlos Santana, outro monstruoso guitarrista com Oye como va e finalizam A primeira parte do show com Baião e ali eu imaginei com após essa Jam se finalizaria o show, mas por sorte eu estava errado e após um breve intervalo tivemos o bis com uma da faixas da carreira solo de Pepeu com Eu também quero beijar, e foi engraçado de ver Pepeu pedindo para o baterista acelerar a batida da música e assim terminou a brilhante apresentação, voltando a repetir, não de Rock, mas de um instrumento que simboliza o estilo de vida de muitos no Brasil, e se você está lendo o texto certamente a guitarra representa você.
Revelação
Momento Soo
Medley
Baby Doll de Nylon
Fim de Festa
Lambada com farinha
Lambada Complicada
Melo do Apaixonado
Conversa fora
Amazonia
Dedilhando
Chicana
Bilhete para Didi
Malacaxeta
Oye como va
Baião
Eu também quero beijar
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Tags: Felipe Cordeiro • Guitarras brasileiras • Pepeu Gomes • Robertinho de Recife
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