Se você estava no Pepsi on Stage em 31 de outubro, com certeza teve um Halloween que não vai esquecer tão cedo.
A noite começou com a trilha sonora comandada por Flávio Soares, do Leviaethan, pra dar um gostinho de boa música desde cedo para o ótimo público presente. Mas a magia começou mesmo às 21:00, quando a cortina com a simpática abóbora mascote do HELLOWEEN caiu para mostrar os Pumpinks unidos no palco, começando a noite com a faixa título da ocasião, Halloween. Gritos vindos de todos os lados, público cantando em Uníssono, parecendo não acreditar que este momento chegaria, ver todo mundo junto ali no palco, Kai Hansen e Michael Kiske mostrando as origens desta banda pioneira no Power Metal, aquele sonho adolescente que muito marmanjo agora realizava.
E a noite de uma apresentação repleta de clássicos estava só começando. Dr. Stein e I’m Alive vieram na sequência, pra hipnotizar o público de uma vez. O som estava ótimo, redondinho, se ouvia todos os instrumentos e as vozes com perfeição, só pra deixar esta noite que apenas começava, ainda mais especial.
Hora de dar um descanso para a voz do Sr. Kiske, e Andi Deris assumiu sozinho os vocais da lindíssima If I could Fly, cantada mais uma vez em massa pelo público empolgado a cada a música, sempre com aquele sorriso de criança que ganhou a primeira bicicleta. Are you Metal? veio na sequência, música que se encaixou perfeitamente na noite.
Então, Michael Kiske volta ao palco para assumir os vocais de Kids of the Century ! Sim, você leu direito. Kids of the Century, do álbum ‘Pink Bubbles Go Ape’! Quem é fã das antigas, tremeu que nem eu! Where the Sinners Go veio na sequência, seguida por Perfect Gentleman, com Andi Deris usando sua cartola de cavalheiro, e Kiske participando da música.
Eis que o Kai Hansen entra no palco para relembrar dos primórdios do Helloween, quando ele ainda era o vocalista da banda. E lá veio pedrada na oreia!! Um medley sensacional com Starlight, Ride the Sky, Judas e Heavy Metal is the Law. E não vem com essa de suavizar as músicas não, foi tudo igualzinho no CD, e com mais peso ainda do show ao vivo. Aquela guitarra rasgadaça chegou a doer os ouvidos! Mas isso é um elogio, claro!
Depois desta sequência ensurdecedora e muito pesada, chegava a hora de acalmar os ânimos e arrancar umas lágrimas da galera, porque não é todo dia que você vê Kiske e Deris sentados num banquinho, cantando juntos a belíssima Forever and One (Neverland). Ah, não é pra qualquer um, e não tem como não se emocionar. E pra continuar o clima “romântico” do show, Kiske cantou A Tale that wasn’t Right.
Pumpkins United! Michael Kiske, Andi Deris, Kai Hansen, Sascha Gerstner, Michael Weikath, Markus Grosskopf, Dani Löble. Ver todos juntos e misturados no palco, se divertindo pra caramba, mostrando ao público que as diferenças do passado foram deixadas de lado, isso é pra quem pode. Então claro, I Can não podia ficar de fora desta noite sensacional. E nem Ingo Schwichtenberg, baterista original da banda que faleceu em 1995. A homenagem a ele ficou por conta de Dani Löble, tocando ‘junto’ com Ingo, que aparecia solando na batera em um vídeo reproduzido no telão. Até dueto ‘eles’ fizeram!
Momentos especiais, aliás, não faltaram neste show. Kiske retorna ao palco para tocar um mix de Livin’ ain’t no crime e A little time.
Hora de escutar estórias. Deris admite que nos dois shows de São Paulo, ele errou o nome do CD da música que viria em seguida, mas que agora ele não erraria mais. Em tom de brincadeira, Kiske disse que não gostava do Andi Deris, mas que depois que foram apresentados, viu que o cara é gente boa. Disse ainda que depois que saiu do Helloween, não queria mais saber da banda e nem de ouvir mais nada. Mas que quando resolveu ouvir novamente, gostou muito desta música, de autoria de Andi Deris. E assim anunciaram, Why?, do ‘Master of the Rings’. Em seguida, Sole Survivor, que há muito tempo já virou outro clássico da banda. Falando em clássico, veio a pegajosa e delliciosa Power, que não podia ficar de fora, né? Tem tempo pra mais uma, então que seja How many Tears, com Kiske nos vocais.
Show perfeito, a maioria das músicas com os três guitarristas (Weikath, Gerstner e Hansen) no palco, Grosskopf destruindo no baixo, Löble impecável nas baquetas, com a grande responsabilidade de passar por toda a história da banda. Mas não acabou ainda não, o público sabe que tem clássicos que nunca ficam de fora de um show do Helloween. Na voz de quem as cantava nos álbuns, muito menos! Aos gritos de “Happy Happy Helloween”, de um público que nem pensava em arredar o pé do Pepsi on Stage, os Pumpkins retornam ao palco para tocar a maravilhosa Eagle Fly Free. Umas chaves começam a aparecer no telão atrás do palco, porque sim, é hora de Keeper of the Seven Keys, inteirinha! Que momento!
A banda sai do palco novamente, para voltar com o grande final. O público cantou Future World empolgadaço, afinal naquela noite, “We all live in happiness, our life is full of joy”. E para terminar, claro, I Want Out, com direito a bexigas e chuva de papelzinho na galera!
Só de ver Michael Kiske, Kai Hansen, Markus Grosskopf e Micheal Weikath em cima de um palco juntos, e tocando Helloween, o show já teria valido a pena. Mas foi muito mais que isso! Foi a união de gerações, foram músicos de altíssima qualidade mostrando porque o Helloween influenciou e continua influenciando músicos ao redor do mundo. Mostrou que mesmo após 24 anos, ainda existe entrosamento entre eles. Claro que o Kiske e o Hansen se sentem mais confortáveis tocando as músicas de suas épocas, mas eles mandaram muito bem em todas as faixas que tocaram. Foi bonito ver eles tirando sarro uns dos outros, rindo dos pequenos erros dos outros, e elogiando e reconhecendo o valor de cada um. O show do ano? Para mim sim, e acho que muita gente compartilha do mesmo sentimento.
E para finalizar, parabéns (e obrigada!) a Abstratti produtora, que trouxe aos gaúchos a oportunidade de fazer parte deste momento único, que não vai tão cedo sair da memória de quem teve o privilégio de ver os Pumpkins unidos na noite de Halloween. Mais que isso, foi a primeira vez que Michael Kiske tocou no Rio Grande do Sul.
Setlist:
01. Halloween
02. Dr Stein
03. I’m Alive
04. If I could Fly
05. Are you Metal?
06. Kids of the Century
07. Where the Sinners Go
08. Perfect Gentleman
09. Medley: Starlight + Ride the Sky + Judas + Heavy Metal is the Law
10. Forever and One
11. A Tale that wasn’t Right
12. I Can
Drum Solo – Homenagem a Ingo Schwichtenberg
13. Livin ain’t no Crime/A little time
14. Why?
15. Sole Survivor
16. Power
17. How many Tears
Encore 1
18. Eagle Fly Free
19. Keeper of the Seven Keys
Encore 2
20. Future World
21. I Want Out
Agradecimento a Abstratti produtora pelo credenciamento.
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