Em um Domingo pós dia internacional do rock o Projeto Hard’N’Heavy trouxe para São Paulo os norte-americanos do Hirax, grupo que é considerado como um dos fundadores do thrash metal americano ao lado de Megadeth, Testament, Metallica, Anthrax e Slayer.

Texto e Fotos: Gabriel Souza

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O início dos shows estava previsto para as 20 horas, e quem chegou ao Hangar 110 minutos antes desse horário teve a impressão de que a casa ficaria vazia. A abertura da noite ficou para o Voodoo Priest, banda que conta em sua formação com: Vitor Rodrigues (ex-Torture Squad) nos vocais, César Covero (Endrah) e Renato DeLuccas (Exhortation) nas guitarras, Bruno Pompeu (Aggression Tales) no baixo e nos IMPRESSIONANTES backing vocals, e Edu Nicolini (ex-Nitrominds, ex-Musica Diablo) na bateria.

O show teve inicio com uma introdução, que logo foi emendada com “Aftermath” primeira faixa do EP, Vitor como sempre tem uma presença de palco impecável, conversa e interage bastante com o publico, e quando canta prova que de uma vez por todas, é sem duvida um dos, se não o maior, nome no estilo com seus guturais potentes, o baixista Bruno Pompeu também não deixa nem um pouco a desejar, quem conhece o seu trabalho com a sua outra banda sabe da força de seus vocais, o show segue com a banda mostrando muita competência e um profissionalismo fora do comum, ao fim da faixa “Mandu” (música dedicada ao herói indígena brasileiro), as guitarras já começam a executar os Riffs de “Pandemonium” fazendo todos os presentes cantarem em plenos pulmões o refrão e também a iniciarem um pequeno porém violento “Mosh Pit” na pista, o show seguiu com as outras faixas do EP, “The One I Feed” e “Reborn”, para encerrar o show, é anunciada a faixa”Juggernaut” que nada mais é do que a escolhida para o novo clipe da banda, que foi gravado naquele mesmo Hangar 110, a imensa maioria dos ali presentes até então, sabiam e cantavam com muita empolgação a letra da música. ao fim do show, Vitão vai ao microfone e diz: “Pode ter 30, 300, 3000, 30.000 o nosso amor e a nossa dedicação para os nossos fans vão ser sempre os mesmo, Muito Obrigado !”.

A segundo show ficou por conta das LENDAS do Thrash Metal nacional, os veteranos do Attomica que contam com  apenas com André Rod, no baixo e João Paulo Francis na guitarra de sua formação clássica, porém o vocalista Alex Rangel escalado para esse novo Line-Up do Attomica mostra que tem de sobra muita técnica e muita imponência no palco, se tornando um front-man de primeira qualidade e mostrando a todos os presentes por que o Attomica acabou de voltar de uma turnê pelos EUA.

O Set list teve vários dos clássicos da banda, músicas como Flesh Maniac, Hurt’n’scared, Yazuka, Marching over Blood não ficaram de fora, quanto mais o Attomica ficava no palco, maior os Mosh Pits se tornavam !

O encerrarramento do show fica com “Deathraiser” do clássico album de 91 “Disturbing The Noise”, levando todos os presentes a baterem cabeça freneticamente.

Eis então que chega a hora do HIRAX, principal atração da noite, o relógio marcava 22:15 quando uma introdução começa a soar nos PA’s do Hangar 110, e a banda começa a entrar no palco todos com exceção de Katon.

Lance Harrison inicia os riffs de “Battle Of The North” e o caricato, carismático e engraçado Katon De Pena entra em cena, uma imensa roda se abre, e começa o show do Hirax.

A segunda música “Baptized By Fire” arrebata de vez o publico brasileiro, e o Katon De Pena sempre muito engraçado fazendo caretas para o publico e ajudando os que queriam dar “Stage Diving” a subir no palco.

Ao fim de “Lucifer’s Inferno”  Katon começa a conversar com o publico e agradece a todos os presentes por todo o apoio que recebe dos brasileiros ao longo dos anos, o show segue com algumas novidades como ” Black Smoke” música que estará no futuro álbum do grupo, músicas como “Hate, Fear And Power”, “Hostile Territory”, não ficaram de fora, Após “El Diablo Negro” Katon anuncia uma presença mais do que especial, e um presente para os fans o baterista brasileiro, que já fez parte do Hirax, sobe ao palco para executar a música “Raging Violence” do primeiro álbum da banda, Fabricio não tocava com o Hirax desde 2007, além de ter escolhido uma música que o própria Hirax não costuma tocar, durante a execução da mesma Katon pega sua bandeira do Brasil e abre para o publico que grita o seu nome sem parar, enquanto muita gente começa a subir no palco para abraçar e cumprimentar todos os integrantes do Hirax, e é com esse clima familiar que se encerra o show.

Apesar do Set-List em São Paulo ter sido mais curto do que o em outras cidades tivemos essa grande ultima surpresa, e o grande carisma e apreço de Katon pelo publico brasileiro faz com que todos sempre saiam muito satisfeitos dos shows do Hirax, quem não compareceu perdeu, mas fique tranquilo Katon, já anunciou que voltará o mais breve possível pois essa é  a sua segunda casa.