IRON MAIDEN is our Religion
Hallowed Be Thy Name
Véspera de Páscoa, PÚBLICO SOLD OUT , com mais de 40 mil pessoas e no palco nada menos que Anthrax e Iron Maiden! , sendo o último show da Turnê The Book of Souls no Brasil.
Fotos: Marcos Cesar “Bullino Inc”
Quem andava pelo bairro da Barra Funda pode notar que as redondezas do Allianz Parque em São Paulo foi tomada por fãs vestidos à caráter de preto, que surgiam de muitos e muitos, saídos de ônibus, trens, metrô de todos os lados. E não era para menos, nada mais que uma das maiores bandas de Heavy Metal da história estava para se apresentar para nós paulistanos: Iron Maiden.
A banda que ficou encarregada de dar as boas-vindas ao público foi a novíssima The Raven Age, que traz em sua formação, Michael Burrough nos vocais, no baixo Matt Cox, na bateria Jai Patel, em uma das guitarras Dan Wright e na outra guitarra George Harris o filho da lenda viva Steve Harris baixista no Iron Maiden.
Mas não basta ser filho de lenda para ser bom. É preciso comprovar isso em cima do palco. E foi o que fez o The Raven Age, a banda apresentou seu metal melódico, com uma sonoridade bem diferente das bandas posteriores e agradou a grande maioria do público que ainda ia chegando de muitos em grande número ao belíssimo estádio.
Michael mostrou-se um bom vocalista, e mostrou ter boa presença de palco. A banda administrou bem seu pouco tempo de apresentação e soube animar e aquecer o público. O que vale destacar foi na última música um pequeno problema técnico deixou a guitarra do filho da lenda sem som, George Harris tentou solucionar de todas as maneiras, um roadie tentou ajudar mas não teve jeito… nada que estragasse a ótima apresentação da banda, mas foi possível notar uma pequena insastisfação do guitarrista, que mesmo frustrado ainda jogou a palheta para o público agradeceu e posou pra a foto final junto com a banda.
Pouco tempo após o The Raven Age deixar o palco, já era possível notar uma frenética movimentação da equipe de palco para deixar tudo pronto para a próxima banda, que era nada menos que o Anthrax!
Ao subir a bandeira do álbum For All Kings o público vibrou e aplaudiu. Já sabiam que estava chegando a hora da banda subir ao palco. E não demorou muito para, Scott Ian guitarrista e líder da banda subir ao palco e ser ovacionado pela multidão. Logo em seguida, Frank Bello baixista também aparece, seguido por Jonathan Donais na guitarra e John Dette que substituia Charlie Benante que não pode fazer seu habitual barulho na bateria mas foi muito bem representado pelo amigo. A banda já começava a barulheira com suas guitarras mas ainda faltava um integrante… onde estava o vocal Joey Belladonna?
A primeira música a ser tocada foi a clássica “Caught in a Mosh” e logo apareceu Joey correndo freneticamente por todos os lados possíveis do palco. A euforia foi imensa pelo público, a vitalidade de Joey realmente surpreendeu a todos que ali o assistiam. Logo em seguida era tocada “Got The Time” e abriam-se os mosh pit pra valer!
O público já estava fervendo quando a banda botou todos para gritarem juntos “Antisocial” e aproveitando o embalo, “Fight ‘Em ‘Til You Can’t” foi tocada na sequência e fez todos cantarem e gritarem juntos com a banda: “- No More! No More!” no refrão e final da música, foi incrível ver o estádio já lotado, inteiro cantado junto com o Anthrax. Joey fez uma pequena pausa, olhou para o público feliz e agradeceu seus fãs.
O tempo era curto então a banda já tratou de apresentar uma música do seu mais recente álbum “For All Kings” a música era “Evil Twins” muito bem aceita pelo público, aliás o álbum já é um sucesso alcançando os topos das paradas inclusive ficando entre os tops da Billboard.
A próxima música tocada foi a conhecida e aclamada “Medusa”, seguida de “Breathing Lightining” música também do novo álbum que soa notálgica e tem tudo para se tornar um novo clássico da banda.
Joey chamava para uma participação especial o guitarrista Andreas Kisser (Sepultura), amigo de longa data da banda. “Refuse/Resist” incendiava o público no Allianz Parque, fez tremer o estádio inteiro… mas o tempo era curto e logo emendaram a também clássica do Anthrax, “Indians” fechando a apresentação da banda que deixava o público mais que aquecido para o Iron Maiden.
- Caught in a Mosh
- Got The Time
- Antisocial
- Fight ‘Em ‘Til You Can’t
- Evil Twin
- Medusa
- Breathing Lightning
- Indians com Refuse/Resist (Participação Andreas Kisser)
Anthrax se despedia do palco e começava a correria para preparar o palco para a banda mais esperada da noite. Neste intervalo a galera da arquibancada se divertia com as conhecidas “Ôlas” indo de um lado ao outro. O público que aguardava ansioso ainda teve um tempinho para lembrar atual problema político brasileiro homenageando a mandataria da presidencia.
Ainda com as luzes acesas já se começava a escutar de fundo a música “Doctor, Doctor” e os fãs já cantavam “Doctor, Doctor Pleaasee!”, já sabiam que a banda estava prestes a subir no palco que é tradição em shows do Iron Maiden há algumas décadas.
As luzes se apagam e a euforia toma conta de cada um dos mais de 40mil que lotavam o Alianz Parque, no telão era mostrado uma animação do Ed Force One perdido numa floresta que com ajuda de uma mão sinistra consegue ganhar propulsão para escapar daquele lugar e ganhar os ares novamente.
Labaredas de fogo eram acesas no palco e finalmente o lendário vocalista Bruce Dickinson aparece soltando sua voz. As cortinas ao fundo eram abertas revelando todo cenário e todos os integrantes subiam ao palco. “If Eternity Should Fail” e “Speed of Light” foram as primeiras a serem tocadas. O vigor da banda impressionava, enquanto tocava Janick Gers guitarrista, se alongava esticando sua perna no amplicador, mostrando que mesmo com quase 60 anos ainda tem fôlego pra arrebentar no palco.
Bruce agradece e conversa um pouco com seus fãs. Diz estar triste por ser o última show desta passagem da banda no Brasil, mas diz também ter guardado a melhor apresentação para São Paulo.
“Children of the Damned” era tocada e emocionava o público que parecia não acreditar que aquilo tudo era real. Na sequência vieram “Tears of Clown” e “The Red and the Black”, ambos do novo CD The Book of Souls.
O cenário desta turnê foi muito bem elaborado, a troca das bandeiras no fundo ilustravam a apresentação quase que teatral da banda sendo uma atração adicional além da boa música, e em mais uma troca de cenário aparecia ao fundo nada menos que Eddie segurando a bandeira do Reino Unido. Sim, para quem já conhece a mais tempo a banda, sabe que essa é a hora da “The Trooper” e logo Bruce surge no fundo do palco carregando a bandeira e vestido a la Eddie. O estádio vibrava e cantada junto com o vocalista, que em seguida anunciava “Powerslave”.
“Death or Glory” também agitou o público que continuou cantando junto. Ao término da música, Bruce agradece seus fãs. E diz estar feliz com o lançamento do “The Book of Souls”, agradece aos fãs que fizeram o álbum alcançar o Disco de Platina no Brasil.
Novamente o cenário muda e a música que leva o título do álbum era tocada. Incrivelmente, ao soar do violão na intro, se via todo o estádio com seus isqueiros e celulares iluminando o momento. A performance da banda era incrível. De repente durante a música quem aparece? Uma versão do Eddie gigante percorrendo o palco. Dave Murray (guitarrista) brincava e se divertia passando por entre as pernas do Eddie gigante que continuava a percorrer o palco. Foi quando Bruce resolveu arrancar o coração pulsante do “mascote” da banda, e lançando-o ao público. O público se divertiu e aplaudiu a encenação.
Enquanto ainda recebia aplausos Bruce anunciava a música ou melhor o hino “Hallowed Be Thy Name”.
As luzes se apagavam novamente e de repente, uma das músicas mais aclamadas daquela noite claro, “Fear of the Dark”. O estádio brilhava com as luzes de celulares se movimentando pelo escuro. A banda mostrou ainda ter energia e incendiou de vez o público, Steve Harris apontava seu baixo para o público enquanto tocava, era incrível mesmo entre 3 guitarras se escutar tão bem e em alto e bom som o baixo dessa lenda.
“Iron Maiden” foi tocada na sequência, Adrian Smith fazia acrobacias com sua guitarra ao lado de Steve no baixo. A banda todo se uniu no centro do palco enquanto Bruce cantava atrás do seu baterista Nicko.
A banda agradece e se despede rapidamente do público.
Voltando para o famoso bis, a trinca de ouro para encerrar o show foi “The Number of the Beast” , que claro tivemos um caipiroto como cenário, a surpresa do set deste ano “Blood Brothers” e finalizam a passagem por nosso país com “Wasted Years”.
E foi assim o incrível show e ótima apresentação da banda. Que confirmou que espera voltar logo novamente ao Brasil.
- If Eternity Should Fail
- Speed of Light
- Children of the Damned
- Tears of a Clown
- The Red and the Black
- The Trooper
- Powerslave
- Death or Glory
- The Book of Souls
- Hallowed Be Thy Name
- Fear of the Dark
- Iron Maiden
- The Number of the Beast
- Blood Brothers
- Wasted Years
Queremos mais muito mais, Iron é Iron e pronto!!!!!
N. da R.:
A nota ruim fica pelo pessoal que se dizia orientador, que talvez pelo público vi atendimentos para lá de mal educados e não sabiam orientar o público de uma maneira “MINIMAMENTE EDUCADA”.
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Tags: Anthrax • iron maiden • The Book of Souls Tour
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