Iron Maiden & Volbeat @ Allianz Parque – São Paulo/SP (06-12/2024)
Postado em 13/12/2024


Finalmente o dia mais esperado do ano chegou!!!

Um rolê que começou no final de 2023, com a primeira data esgotada em minutos, e a segunda praticamente também com quem poderia comprar os ingressos antecipadamente, 2 datas completamente Sold Out para vermos a passagem da FuturePast no Brasil, mas o que seria uma tour com esse nome, Os shows têm no destaque as músicas do Somewhere In Time (1986), onde essa Tour não passou no Brasil,  e o mais recente, Senjutsu (2021). E essa conexão entre os discos nessa Tour fez ela ser ainda mais interessante….

A análise do que tivemos no Allianz, não pode ser como em um show, tínhamos na nossa frente, uma das poucas bandas que não faz show, faz sim um espetáculo, tudo ali é detalhe, tudo ali tem um porque que você descobrirá no decorrer da apresentação…, é tudo perfeito, e se tiver algo fora do script, uma coisa estranha ao roteiro, se torna parte do espetáculo como se fosse parte do espetáculo… Isso é Iron Maiden, por isso o Up the Irons..

São Paulo foi sendo invadida pelos maidenmaniacs de todos os lugares, hotei lotados, shoppings lotados, tudo, por onde anda, estava lá uma camiseta do Iron Maiden, mas não que normalmente não tenha, sempre tem, mas era diferente, o ar, o vento, era como se ouvíssemos por todo o dia a brisa paulistana nos dizendo ao pé do ouvindo, “Woe to you, oh earth and sea, For the Devil sends the beast with wrathBecause he knows the time is short, Let him who hath understanding reckon the number of the beast, For it is a human number…”

Essas palavras ecoava por cada passo na selva de pedra, e chegava o dia de estar novamente frente a frente com a Besta…, gente acompando em frente ao estádio há vários dias….., sim , … existem esse tipo de gente no século 21, quem são, por que fazem…, onde estão…nesta noite, no globo repórter…”

Ou seja´era o dia de vestir a melhor, e mais querida “peita” preta, ou cinza dependendo do conforto e de quanto você usa a mesma, levar sua bandeira, sua marcará do Eddie, era o seu dia, era a sua hora, o momento do ano…. aqueles dias que queremos não esquecer pelo resto nas nossas vidas, quando pensamos, o que vai ter no merchand, o preço de cada camiseta, o preço do copo etc…

Mas vamos a noite começando por algo genial, chamado…

Volbeat

A banda que abria os trabalhos nessa tour aqui no Brasil, era diferente ao público brasileiro, não era uma consagrada como o Anthrax, ou novata, sem muita expressão como o Avatar ou Ravens Age, os Dinamarqueses são headliners em fest por toda Europa e America do Norte a anos, com muito sucesso por onde passam, e voltam ao Brasil depois de 6 Anos, quando tocaram por 50 minutos no Lollapalooza…no inicio da tarde para um público muito bom pelo horário e fest claro…

Formada por Michael Poulsen, Vocal e guitarra, Jon Larsen, bateria, Kaspar Boye Larsen no baixo e Flemming C. Lund é o guitarrista que substituiu Rob Caggiano na banda e o detalhe mais importante, esses dois shows aqui foram os únicos da banda neste ano, que pararam a gravação do novo álbum para dar esse pulinho no Brasil… algo sensacional… e inesperado…

A intro não poderia ser melhor com “Born to Raise Hell” do Motorhead nos pilares com o simbolo do Volbeat nos telões… e se posicionam todos para o baterista como é caracteristico deles e o pau começa com “The Devil’s Bleeding Crown”, sensacional, e surpreendemos muitos que não conheciam a banda, que msituram uma guitarra bem pesada, com uma cozinha e bateria absurda… mas o que chamou atenção de todos foi a peita do “Beneath the Remains” do gigantesco Sepultura.

Vale lembrar que o vocal e o batera vem da banda de extremo Dommino, e que o terceiro disco tem nome Vol.Beat, (Volume e batida), e a partir daí o Volbeat surgiu e virou essa grande banda, porém pouco conhecida por muitos mais… A influência do Rockabilly, e folk além do claro da metal, e as vezes extremo claro…

Lola Montez, a homenagem da banda a Johny Cash, é um clássico que jamais fica fora do setlist, presente, e seguida por Sadman’s Togue…e o pau torando como deve ser em um show de Metal, a banda sabe ser extremamente pesada, e com vocais com voz marcarnte e vocais beirando o pop, e tem os que amam e os que odeiam…

“A Warrior’s Call” e pedindo e sendo atendido a galera cantar o “fight” do refrão, seguida por “Black Rose”, mostrava a escolha perfeita para quem gosta da banda, e tudo da velha guarda e que show , que impactoo, escutando os riffs potentes da banda vindo dos p.A’s do Allianz, mesmo sendo uma “banda de abertura”

“Wait a minute my girl ” a música escrita para a filha do vocalista, que foi a inspiração para a música e já da nova fase da banda, onde ainda tudo na banda ainda é presente, mas a levada “pop” entre aspas mesmos, esta mais forte, mas ao vivo, não se nota a diferença ganhando muito peso. A grande surpresa dos dois dias, “Shotgun Blues”, perfeita ao vivo, peso, descontração e refrão potente, isso é Volbeat.

Chegava uma hora foda, do show, “Fallen” que foi dedicada ao pai do vocalista que certamente escreveu a letra quando o perdeu, já que a letra é um tapa para quem já perdeu os pais, uma espécie de “Pai Heroi” do Fábio Júnior, versão quase thrash… que a parte foda da letra em tradução livre é mais ou menos assim ” Me veja caindo, sim, abatido e solitário/São os anjos no seu caminho, eu estou aquinsujo/ Me ouça gritando, me veja sangrando / Porque os dias não são os mesmos sem você” e caiu uma quantidade grande de cachaça nos meus olhos, lembrando dos meus pais, e ai tive que lembrar que estava numa roda de um puta show de Metal…

Duas que em estúdio acho ok, mas ao vivo o bicho apavora, “Seal the Deal” e “The Devils Rage on”, absurdas… e olhando no relógio já tinha se passado um pouco mais de uma hora de show… e ainda eu queria muito mais…

“For Evigt” e “Still Counting” encerram o SHOW, sim em letras graúdas, porque o que o Volbeat fez essa noite, beirou o absurdo e achava que o Show do Lolla tinha sido foda, esse aqui, beirou a insanidade…. e pensava, sim é esse tipo de grandeza de banda que sabe fazer um show que quero com o Iron maiden, e ainda, a banda teve a petulancia de não cantar clássicos como “7 shots” ou “HEaven and Hell” que toca sempre numa rádio de São Paulo que se diz “rock”, mas cheio de falar que tal banda toca um “Rock Clássico”….

Volbeat é Metal na Veia, moderno com fortes influencia de tudo que vem do passado e classificamos como lendas, monstros, porém nunca e jamais serão “Clássicos” para quem gosta de Heavy Metal….

Mais que na hora do Volbeat vir ao Brasil e fazer um show Solo…. pois público ficou claro que eles tem para uma casa… de no mínimo em um Tokyo Marine Hall.

Setlist

The Devil’s Bleeding Crown
Lola Montez
Sad Man’s Tongue
A Warrior’s Call
Black Rose
Wait a Minute My Girl
Shotgun Blues
Fallen
Seal the Deal
The Devil Rages On
For Evigt
Still Counting

Iron Maiden

Volbeat fez o show da noite, e chegava a Hora do Espetáculo da Noite, pois considerar uma apresentação do Iron Maiden com simplesmente um Show, é algo que não se compara….onde tudo é detalhadamente pensado em uma experiência muito sensitiva, seja com os olhos, por todo o visual, seja pelos ouvidos pela qualidade técnica, seja de paladar, pois sim a maioria baba, eu incluso, e mental, pois você se hipnotiza com muita facilidade…

A ansiedade e adrenalina de cada espectador se modifica aos primeiros  acordes de Doctor, Doctor, clássico do UFO, grande influência da banda, cantada por todo mundo, o tal do “unissono” mas em casos como esse , faz muito sentido sem ser bregas, e depois a intro da época do Somewhere in Time Tour, do final do filme Blade Runner, interpretada maravilhosamente pelo Vangelis que sim, esquenta os motores, num jogo de luz, tentando ser futurista, e finalmente temos no Brasil, “Caught somewhere in time”, que trouxe aos velhuscos da platéia um saudosismos fudido dos tempos de quandoo disco foi lançado antes ainda de qualquer CD, seguido pela foda “stranger in a stranger land”, com Bruce fazendo o mesmo movimento da época, era simplesmente absurdo, e se está lendo aqui sei que concorda comigo, e se não foi creio que imagina isso…

Bruce vem ao microfone, saudar a todos como sempre, relembra o ano de 1986, diz nem se lembrar da época e que a tour fundia os dois discos, e começa a introdução para a seguinte faixa do espetáculo, mesmo achando ser uma música que faz lembrar o Bon jovi, da fase New Jersey, “The Writing on the Wall”, é perfeita, e até já considero um grande clássico da banda, e tem uma músicalidade muito interessante  diferente porém ainda maidenmaniaca…

“Days of Future Past” e “The Time Machine” mostra a fase do último play do maiden, legal de ouvir, mas ao vivo cai um pouco a animação, mas o que é esse cair a animação, não são os sucessos, que queremos ouvir, mas é interessante ver a banda debulando ao vivo, uns lado B, interessantes dentro da sonoridade do novo álbum, mas a surpresa se falando destes lado B, eu tive, nos primeiros acordes da seguinte, a direta, “The prisioner” do clássico absoluto do heavy metal chamado “The number of the Beast”, com backing vocals de Steve Harris, simplesmente fenomenal….

Antes de “Death of the Celts”, perguntando se havia algum irlandês no estádio, e ao ver nenhuma mão levantada até brincou, impossível não haver irlandês no estádio com a quantidade de pub irlandês, que tem em são, e até pensei na hora, “errado ele não tá”…  o tradicional discurso da tentativa da humanidade por fim a qualquer cultura e a música era sobre uma dessas tentativas…

Ao fim já praticamente colado o absoluto hit “Can I play with Madness” e como é legal, ver a música ao vivo, e depois a estupenda “HEaven can Wait”, sem aqueles convidados chatos para fazer os oooo no palco e deixando apenas o público que fez bonito cantando a faixa, e o poder que a mesma tem é um absurda e nem parece que a mesma já beira os 40 anos de idade.

Apróxima era um sonho dos presentes, que não estava no começo da tour e a pedidos finalmente foi incluída, e pela primeira vez em uma turnê o Iron estava executando a iconica, “Alexander the Great” sendo claramente o momento mas dúvidoso do show, canto, gravo, fico olhando e assistindo, pulo, do pirueta, fazer o que… um sonho se tornando apenas a realidade e que passou muito rápido…

O final dois clássicos “Fear of the Dark”, iconica, popular, um hit da banda,  e a sequencia o tradicional fim do primeiro ato digamos assim com “Iron maiden” e uma homenagem ao saudoso Paul D’iano com Bruce trajando uma tradicional jaqueta preta perpetuada pelo vocalista que gravou os primeiros discos da Donzela de Ferro…

O bis outra correção que veio, “Hell on Earth”, já que na tour do abum ela não entrou, a banda corrigiu também e adicional a melhor música do Senjutsu, sendo executada pela primeira vez em São Paulo, e “The Trooper”, que hoje muitos até odeiam de tanto que a banda toca… veio depois e claro o final mais que apoteótica tinha que ser com Wasted Years fechando um Espetáculo que jamais será esquecido, por trazer ao Brasil músicas desejadas do Somewhere in time, que muitos países jamais tinha ouvido a música em um show, apenas em vídeo e com que o público realmente queria ouvir…

Iron Maiden simplesmente Supremo do ínicio ao fim

Set List

Doctor Doctor (UFO song)
Blade Runner (Vangelis song)

Caught Somewhere in Time
Stranger in a Strange Land
The Writing on the Wall
Days of Future Past
The Time Machine
The Prisoner
Death of the Celts
Can I Play With Madness
Heaven Can Wait
Alexander the Great
Fear of the Dark
Iron Maiden

Encore:
Hell on Earth
The Trooper
Wasted Years

 

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