Legion of the Damned: a promessa de um show destruidor
Postado em 15/05/2013


Apesar de mais de duas décadas de estrada, o Legion of the Damned só decidiu tocar fora da Europa ano passado, quando fez sua estreia no Brasil com um show curto e com vários contratempos por parte da produção do falecido festival Metal Open Air. Desde então, a banda planejava voltar à América do Sul para executar um show completo. Acompanhe a entrevista feita com o vocalista Maurice Swinkels, onde ele fala sobre o álbum Ravenous Plague, mudanças de gravadora e line-up, e ainda promete uma turnê explosiva! Confira: 

A Ilha do Metal: Algumas mudanças aconteceram na banda nos últimos meses. Uma delas é sobre a volta de Andy Classen, o homem por trás do som do Legion of the Damned desde seu nascimento. Apenas o álbum mais recente, “Descent Into Chaos”, foi produzido por Peter Tägtgren. Como foi a experiência com Tägtgren? Como o LOTD está fazendo as coisas acontecerem agora que temos Classen de volta ao time?

Maurice Swinkels: Exatamente! Andy era parte da família e tanto ele quanto o grupo ficou muito chateado quando decidimos mudar de estúdio enquanto gravávamos ”Descent Into Chaos.” Para mim, era algo pessoal. Sempre gravamos com Andy Classen com o mesmo processo, isso trouxe grandes álbuns, mas eu estava curioso para saber e ouvir o que outro produtor faria com o nosso som. O estúdio de Peter, The Abyss, sempre esteve em nossa lista, também fizemos isso para ter uma outra experiência. Nós, como banda, estávamos muito satisfeitos com o resultado final, entretanto também tivemos críticas de fãs que sentiram falta do típico som do LOTD que Andy Classen e a banda criaram ao fazer ali os álbuns. Trabalhar com Peter foi diferente, mas muito legal. Eu gosto muito daquele álbum. Peter é matador. Para o novo registro, decidimos voltar com Andy de novo, desde a chegada do nosso novo guitarrista Twan van Geel, que substituiu Richard, que deixou a banda há quase dois anos, precisávamos de um ambiente familiar para gravar aquele novo álbum, sabíamos o que esperar de Andy Classen, então voltamos a nos sentir em casa.

AIDM: Outra mudança no regime de trabalho do LOTD diz respeito à gravadora. Muitos anos com a Massacre Records agora deram lugar à Napalm Records. Foi difícil mudar o pessoal de estúdio com quem vocês trabalharam por tanto tempo?

MS: Tem sido difícil sim. Massacre foi sempre um grande apoio para nós, mas aqui também precisávamos de uma mudança. Massacre tinha sua limitação como quando se trata de fazer a promoção, eles também trabalhavam de 9h às 5h, assim, como banda, quando tinha uma pergunta ou algo assim, depois das 6h de você não obteria qualquer resposta, enquanto que algumas coisas eram urgentes, aquilo era algo difícil para lidar uma vez que o nosso manager e eu trabalhamos na banda das 24h às 7h. Estamos muito felizes com a Napalm Records, eles adoram Legion of the Damned, e são ótimas pessoas!

AIDM: Ravenous Plague. O que podemos esperar?

MS: Ravenous será nosso album mais diversificado até aqui! É maduro e às vezes soa mais como Death Metal, tem partes melódicas também, algo que é novo para o Legion of the Damned, aqui e ali você consegue escutar também influências de Black Metal, mas ainda mantendo aquele estilo e vibe típicos do Legion of the Damned.

AIDM: As últimas notícias dão conta de que a gravação dos vocais teve que ser adiada. É algum problema com sua voz ou algo assim? Pode falar sobre isso?

MS: Não posso dizer muito sobre isso, é um assunto particular. Quando isso estava entre as notícias em nosso Facebook e site, obtive um monte de comentários preocupados, pessoas me desejando tudo de melhor e dizendo para eu ficar bem. Posso dizer que isso não tem a ver com minha saúde ou coisa assim, então, pessoal, não precisam se preocupar! Tudo vai ficar bem.

AIDM: O Legion of the Damned está para lançar um split album com o Kreator. Em muitas entrevistas, Mille Petrozza sempre menciona o LOTD como uma das melhores bandas da atualidade. Vocês planejaram essa parceria por muito tempo? Como aconteceu?

MS: Não, na verdade, não. A ideia também veio quando eu adiei os vocais. Queríamos lançar ao menos uma música antes do longo período de silêncio que precede o novo álbum ser lançado, quem mais poderia ser o parceiro no crime para isso além de ninguém menos que Kreator, que é uma grande banda com pessoas incríveis. O single será limitado (1000 cópias) e nossa faixa será chamada “Summon All Hate”. O lado B (ou lado A) do Kreator será uma faixa ao vivo de uma música do álbum mais recente deles! Matador!

Mille Petrozza e Maurice Swinkels

AIDM: O Legion of the Damned tem uma série de shows agendados em vários festivais de verão europeus, onde Hein Willekens terá a chance de mostrar seu poder de fogo no palco. Como está o novo clima desde sua entrada na banda?

MS: Excelente! Ele é o mais jovem da banda agora e cheio de energia, o que também dá a nós, velhos sacos de nozes, um grande impulso (risos). Essa segunda guitarra no palco nos dará um grande poder e será explosivo! Entretanto devo dizer que os shows da América do Sul serão feitos por quatro de nós, da forma como sempre fizemos. O tempo era muito curto financeiramente para adicionar Hein ao line-up para a América do Sul. Mas ele é um cara ótimo e se encaixa no line-up perfeitamente!

Hein Willekens e Twan van Geel

AIDM: O primeiro show fora da Europa aconteceu ano passado, apesar de todos esses anos de atividade. Por que vocês esperaram tanto tempo para tocar longe de casa?

MS: Desde que faço parte da banda, há 23 anos, tive ofertas para tocar nos Estados Unidos ou na América do Sul, quando ainda éramos Occult, mas nunca havia realmente um bom acordo que fizesse a coisa acontecer no final, havia produtores que nos procuravam, mas nos deixavam na mão no final, na maioria das vezes, financeiramente. Eu não podia acreditar no que via quando eu li ano passado quando o festival de São Luis nos convidou. Eu sempre fui curioso a respeito dos fãs da América do Sul porque eu escutava um monte de coisas boas sobre eles das bandas que tocaram lá, como Kreator e Sodom por exemplo.

AIDM: A propósito, a primeira experiência do LOTD na América do Sul foi exatamente no Brasil ano passado e o show foi, em certo ponto, responsável por divulgar o LOTD por aqui. Vocês esperavam tal recepção dos headbangers brasileiros?

MS: Foi a primeira vez tocando aí, então não tínhamos qualquer expectativa. Mas eu sabia que os fãs brasileiros apoiariam até mesmo bandas com as quais não são familiarizados, diferente daqui da Europa. Quando estávamos caminhando dentro da área do festival no dia anterior em que o Legion iria tocar, encontramos um monte de fãs que estavam muito animados, foi uma experiência maravilhosa!

Público no primeiro show do Legion of the Damned no Brasil

AIDM: No próximo mês de junho, a América do Sul receberá o LOTD novamente. Muitos que não puderam ir a São Luis agora aproveitarão a oportunidade. Como estão as expectativas para esse retorno ao Brasil?

MS: As pessoas podem esperar um show grandioso, selvagem e energético porque é o que esperamos dos fãs também. Será uma grande experiência para aqueles que virão e irão testemunhar o que é o Legion of the Damned.

AIDM: Por fim, você gostaria de dar algumas palavras finais aos lobisomens sul americanos que aguardam sua chegada?

MS: Primeiro de tudo, obrigado a você, Lorena, pela entrevista, e desejo a todos muita saúde e espero ver vários de vocês, filhos doidos do chacal, em nosso show, aí então poderemos fazer essa experiência do Legion of the Damned um sucesso completo!

Links relacionados:

http://www.legionofthedamned.net

http://www.facebook.com/LOTDOfficial

http://www.myspace.com/legionofthedamned

 

Categoria/Category: Entrevistas
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