Texto – Lucas Amorim
Fotos – Fotos: Ricardo Matsukawa (Mercury Concerts)
O Monsters of Rock 2023 foi um evento histórico para os fãs de rock Brasileiros, que tiveram a oportunidade de assistir a apresentações incríveis de algumas das maiores bandas do gênero em todo o mundo. Realizado no Allianz Parque, em São Paulo, o festival contou com um line-up impressionante, com bandas lendárias como Kiss, Deep Purple, Scorpions, Helloween, Candlemass, Symphony X e Doro que se apresentaram para um público apaixonado.
A produção do evento merece elogios pela organização impecável. Mesmo com a lotação máxima do estádio, tudo transcorreu de forma tranquila e sem incidentes. Os shows começaram pontualmente, permitindo que os fãs aproveitassem cada minuto da noite.
A primeira apresentação do dia foi de Doro Pesch, que subiu ao palco às 11h30. Infelizmente, o horário acabou prejudicando a audiência, mas isso não impediu que Doro desse tudo de si, tocando seus clássicos dos tempos do Warlock e mostrando porque é uma das vozes mais poderosas do metal, e fazendo jus a seu apelido de Metal Queen.
Na sequência, se apresentaram Symphony X (12h30) e Candlemass (13h30), duas bandas que mandaram muito bem em seus shows. Symphony X provou porque é uma banda referência no prog metal, com solos de guitarra virtuosos e um desempenho vocal excepcional do vocalista Russell Allen. Já o Candlemass teve a difícil missão de substituir o Saxon, mas cumpriu bem seu papel com um show lindo e sombrio, que transportou o público para outra dimensão.
O Helloween foi a quarta atração da noite e não decepcionou. Com um som pesado e energético, a banda mostrou que ainda é capaz de agitar o público como nos velhos tempos, tocando clássicos como “I Want Out”, “Future World” entre outros, um show muito legal que arrancou apalusos de todos, a banda é muito carismática e, Andi Deris e Michael kiske, estavam inspirados naquela tarde levando muita adrenalina para os expectaores.
Já o Deep Purple, foi a atração principal do início da noite, se apresentando às 16h30. Mesmo que o vocalista Ian Gillan tenha enfrentado alguns desafios vocais, a banda mostrou toda a sua habilidade musical, com destaque para as performances de guitarra de Simon McBride, que vem fazendo a dura missão de substituir o lendário Steve Morse. Também deixo aqui meus parabéns para a fera Don Airey que arrasou nos teclados, levando a plateia ao delírio com seus solos virtuosos e na condução de clássicos como “Perfect Stranges”. “Smoke on the Water” e todos os hinos que essa lenda chamada Deep Purple tocou nesse lindo espetáculo.
O Scorpions se apresentou às 18h45 e acabou decepcionando alguns fãs com um show que não alcançou todo o potencial da banda. Embora os guitarristas Rudolph Schencker e Matthias Jabs tenham entregado performances impressionantes, o vocalista Klaus Meine parecia menos animado e não conseguiu empolgar o público como em outros shows, achei o show morno com plateia dispersa, que só se animava em clássicos como “Send Me An Angel”, “Rock You Like A Hurricane”, e “Wind of Change”, por exemplo, em um Festival, acredito que por haver um público mais misturado as bandas tenham que tocar musicas mais conhecidas para agarrar a platéia, o Scorpions é gigante e não deve mais nada para ninguém, e nem precisa provar mais nada, porém nesse evento a Banda fez show foi fraco.
Por outro lado, o Kiss mostrou porque é uma das bandas mais icônicas da história do rock. Com uma produção grandiosa, cheia de pirotecnia e efeitos especiais, entregaram um show empolgante e cativante, com o que o povo quer, que é, sucessos atrás de sucessos, como “Detroit Rock City”, “Love Gun”, “I Was Made for Lovin’ You”, acompanhadas de um clima de nostalgia no ar. Paul Stanley e Gene Simmons provaram que ainda têm muito fôlego e animação, mesmo após décadas de carreira. A banda encerrou a noite com chave de ouro, fazendo com que o público cantasse e pulasse ao som de “Rock and Roll All Nite
O Monsters 2023, foi um sucesso estrondoso e deixou uma marca inesquecível em todos que tiveram a sorte de participar desse evento memorável. Foi uma celebração épica da música, do entretenimento e da cultura que arrebatou o coração de todos os presentes. Mas a emoção é acompanhada de um toque de tristeza, já que esta pode ter sido a última oportunidade de ver o lendário Kiss em ação aqui no Brasil. No entanto, há sempre a esperança de que a banda não cumpra sua promessa e retorne para mais uma apresentação inesquecível em breve. O futuro é incerto, mas uma coisa é certa: o Monsters continuará a ser um dos maiores festivais de música do mundo, e mal podemos esperar para ver o que o próximo ano nos reserva.
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