Nile @Carioca Club São Paulo/SP (21/12/2013)
Postado em 30/12/2013


Quase quatro anos da última passagem pelo Brasil dos ícones do technical death metal, a banda Nile retornou para três apresentações em terras tupiniquins. Foram apresentações que esbanjaram perfeccionismo e brutalidade, assim demonstrando o porque são inspirações de bandas mais atuais de gêneros similares.

Fotos: Ednaldo Baraka
Resenha: Vinícius “Chulapa” Starteri
Agradecimentos: Costábile Salzano Jr.

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A casa foi aberta às 17 horas e aos poucos os fãs foram chegando, típico de um show para este gênero. Às 18 horas em ponto subia ao palco um dos grandes expoentes do metal sulista brasileiro, a banda de death metal Imperious Malevolence.

Com uma boa quantidade de fãs na casa e apreciadores do underground nacional, a banda Imperious Malevolence não deixou nada a desejar, e sem piedade, desceu a porrada sonora nos fãs que ali estavam.

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Após execução de seu repertório principal, a banda decidiu executar um cover, fazendo muitos pirados gritarem e entortarem os pescosços ao som de “Lunatic Of God´s Creation” da banda Deicide e encerrar o show ao som de seu homônimo, Imperious Malevolence.

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Com um público já animado e um bom número de espectadores, a casa já estava a espera das lendas do death metal americano. E como já era esperado, pontualmente às 19h30 subia ao palco a monstruosidade do Nile. O primeiro da banda a pisar no palco foi o descomunal baterista George Kollias, que ascenou quietamente ao público, que começou a gritar fortemente por Nile.

Foi então que o resto da banda entrou para iniciar a apresentação ao som da mítica “Sacrifice Unto Sebek” do album Annihilation of the Wicked (2005). O que  foi praticamente um estouro sonoro dentro dos pulmões, com guturais expressivos e uma sequência impressionante de viradas e bumbos duplos.

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O que estava bom iria melhorar, pois logo em seguida veio uma sequência devastadora de três músicas (Defiling The Gates of Ishtar, Kafir! e Hittite Dung Incantation respectivamente).  Já para o anúncio da música “The Inevitable Degradation Of Flesh” do último álbum At the Gate of Sethu (2012), o frontman Dallas Toler-Wade começou agitar o público para gritar o refrão da música “ALL THOSE WHO LIVE WILL DIE! ALL THOSE WHO LIVE WILL DIE! ALL THOSE WHO LIVE WILL DIE!” e subsequentemente o público respondeu calorosamente da mesma forma.

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A sequência de músicas novas ainda duraria mais duas músicas (Enduring the Eternal Molestation of Flame e Supreme Humanism of Megalomania), assim mostrando que o novo álbum mesmo estando bem técnico, misturava técnicas e melodias de um death metal mais melódico. O que digamos que foi uma bela combinação para o som da banda, tornando assim a identidade mitológica mais forte e robusta.

O mais impressionante a esta altura no show foi ver a desenvoltura do baterista George Kollias que a cada nova música se sentia mais calmo e com mais energia. Com toda a sua monstruosidade técnica, o baterista esbanjava tranquilidade tocando até de olhos fechados. Este foi um ponto que impressionou muitos fãs da banda desde os mais antigos até os mais novos e céticos.

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Após mais uma outra sequência monstruosa fechando com “Lashed to the Slave Stick”, uma pequena pausa para o bis, que se fosse definidio em uma única palavra poderia ser chamado de “Brutal”.

Então, o vocalista Dallas apresentou toda a banda para o público, que começou a gritar por Chris (ex-baixista da banda). Foi então que a alma da banda, Karl Sanders, conversou com o público e respondeu que aquele não era o Chris e sim o novo baixista Todd Ellis.

Karl Sanders continuou sua interação com o público e informou que tocariam uma música que ficou de fora do repertório de 2010, e pediu que o povo ajudasse a cantar. Sem delongas começou o bis do show, a música de quase doze minutos de execução que ensina o que é uma verdadeira aula de Technical Death Metal foi demonstrada sem hesitações, denominada “Unas Slayer Of The Gods” do álbum In Their Darkened Shrines (2002).

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Para encerramento, nada menos que a música que transmite a alma da banda, “Black Seeds Of Vengeance” do álbum homônimo Black Seeds Of Vengeance (2000).

Este foi um show de grande importância para 2013 e um dos pontos fortes do metal extremo no ano. Podendo se dizer que este foi o show de encerramento com chave de ouro para o ano.

 

::SETLIST IMPERIOUS MALEVOLENCE::

01) Rot in Peace
02) Antigenesis
03) Doomwitness
04) Excruciate
05) Seek For Mephisto
06) A Banquet In Hell
07) Nihilisticon
08) Priests Of Pestilence
09) Arquiteto da Destruição
10) Lunatic Of God´s Creation (Deicide Cover)
11) Imperious Malevolence

 

::SETLIST NILE::

INTRO) Dusk Falls Upon the Temple of the Serpent on the Mount of Sunrise
1) Sacrifice Unto Sebek
2) Defiling the Gates of Ishtar
3) Kafir!
4) Hittite Dung Incantation
5) The Inevitable Degradation of Flesh
6) Enduring the Eternal Molestation of Flame
7) Supreme Humanism of Megalomania
8) The Blessed Dead
9) The Howling of the Jinn
10) Ithyphallic
11) Sarcophagus
12) Lashed to the Slave Stick

Encore/Bis:

13) Unas Slayer of the Gods
14) Black Seeds of Vengeance

 

 

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