Noturnall @ Carioca Club – São Paulo/SP (29/03/14)

Postado em 03/04/2014

Por volta das 17h, cheguei na porta do Carioca Club para prestigiar o que seria o primeiro show oficial do super-grupo NOTURNALL. A fila já estava grande, o que era de se esperar, por saber que a entrada do show era “gratuita” e se tratava de uma banda com músicos já bastante conhecidos do público. O time formado por Thiago Bianchi nos vocais, Aquiles Priester na bateria, Leo Mancini na guitarra, Fernando Quesada no baixo e Junior Carelli nos teclados, foi capaz de reunir uma legião de metaleiros com seus pacotes de alimentos em mãos, já que este era o valor do ingresso. Isso mesmo, foram arrecadados alimentos na entrada, foi um show beneficente. Além é claro, de ter sido também a gravação do primeiro DVD da banda.

Eu e nosso fotógrafo Marcos “Bullino” Cesar, tivemos acesso ao Carioca Club antes de os portões se abrirem, e logo tivemos uma surpresa: Todo o equipamento de som e luz para o show estava impecável, de uma maneira que nunca havíamos visto naquele local. Assistimos a banda tocar 3 músicas na passagem de som e pensei “os caras capricharam na produção, vai ser muito louco!”

Abriram os portões e o público começou a movimentar o local, e dava pra ver no rosto de cada um a surpresa em ver toda aquela produção. O tempo foi passando e a casa foi ficando cheia, chagava a hora do show! Mas não sem antes serem passadas as instruções sobre a gravação do DVD para o público.

A banda apareceu no palco e começou a falar com a galera, tendo Aquiles Priester como seu principal porta-voz, a cada frase que Aquiles falava, a galera vibrava! E então a banda sai novamente do palco para começar o show pra valer.

Apagam-se as luzes e abrem-se as cortinas, o show começou! Uma introdução muito bem feita começou a rolar no telão, a intro seria uma espécie de sátira feita com a capa do próprio álbum, uma espécia de filme de suspense estilo “O Chamado”, e então a banda inicia o show com duas faixas de seu debut: “No Turn At All” e St. Trigger, seguidas pela já conhecida “Inferno Veil” do SHAMAN.

A banda tocou seu disco de estréia praticamente inteiro, ficando de fora apenas a última faixa “The Blame Game”. No meio do show, algumas surpresas como “Symphony of Destruction”, do MEGADETH, e a participação do “menino prodígio” Luiz Fernando Venturelli que tocou violoncelo na música “Last Wish”, deram uma esquentada a mais na galera.

Um ponto bacana do show foi a execução do Hino Nacional na guitarra, todo o público cantou junto com a guitarra de Leo Mancini, porém, achei desnecessária a entrada de 2 pessoas com as mascaras do “V de Vingança” no palco, em menção aos protestos e ao Annonymous, não pelas menções em si, mas pela maneira que foi feita a coisa. Talvez se tivesse sido mais bem elaborada esta parte, tivesse ficado legal, na minha opinião, é claro! Mas fato que, não apagou o brilho da execução de nosso Hino.

Mas o momento mais esperado da noite ainda estaria por vir, um dos produtores do disco do NOTURNALL, o vocalista Russell Allen, do SYMPHONY X, iria fazer uma participação especial no show. Foi apenas Russell pisar no palco que o clima do show foi completamente outro, e o Carioca Club veio a baixo!

Russell cantou com a banda a faixa “Nocturnal Human Side”, na qual teve participação na gravação oficial do disco. Brincou com a galera, e foi bastante carismático com o público. Mas se você pensou que Russell veio ao Brasil apenas para cantar essa música, esta enganado! Outras surpresas estariam por vir, e uma homenagem a RONNIE JAMES DIO não poderia ficar de fora. Diria até que esta começando a ficar bem clichê essas homenagens ao DIO em show de Metal, mas tudo bem, é o DIO! Então não podemos reclamar. Com Russel e Thiago juntos nos vocais, a banda então tocou a música “Stand Up And Shout”, em homenagem ao mestre DIO. E para finalizar, eles dizem “vamos terminar o show da maneira que o Metal começou”, e então tocaram o clássico “War Pigs” do BLACK SABBATH.

Concluo esta matéria dizendo que foi um bom show, de muita técnica e músicos realmente competentes, acho que isso nem precisava falar, né? E destaque para Aquiles Priester, sempre um monstro atrás da bateria.