Paradise Lost emociona público carioca com belíssima apresentação.
Texto: Luis Carlos Pires / Fotos: Luciana Pires
Ao ver o Paradise Lost subir no palco do Teatro Rival veio na minha memória aquela banda ainda iniciando sua carreira. Na ocasião, tocavam em um grande palco no evento chamado “Monstros do Rock”, isso em 1995, e ao lado do Ozzy Osbourne e Faith no More. O festival teve no dia anterior a presença de Alice Cooper e Megadeth, contando ainda com Rata Blanca, Therapy e os brasileiros do Virna Lisi. O Paradise já possuia um bom número de discos, porém, ainda era bem desconhecida entre os Brasileiros, isso aconteceu a quase 23 anos em um 2 de setembro de 1995 patrocinado por uma companhia de Eletrodomésticos.
Aliás, como é peculiar do público do Paradise Lost, entre os fãs estavam diversas gerações no evento, desde aquelas que conheceram a banda a pouco tempo como aquelas que conheceram o Paradise através do disco Gothic, álbum lançado no começo da década de 90 e que as bandas do chamado “Doom Metal” naquela época. O Paradise sempre me pareceu diferenciado, tanto que eles conseguem atrair desde aquele fã de Metal mais extremo àquele que curte um som mais gótico. Antes da apresentação fui encontrando velhos amigos daquela época e todos pareciam extasiados por assistir o grupo mais uma vez, assim, como uma garotada que inclusive estava ali para assistir o Paradise pela primeira vez e esperavam ansiosamente pela apresentação na frente do palco. Falando dessa época, eles tocaram “Gothic”, música que levou o público ao delírio, inclusive eu, que compartilhei de toda aquela alegria cantando em alto e bom som. A abertura do show ficou a cargo de “From the Gallows”, música do novo disco “Medusa”, assim como tocaram a faixa-título desse disco. As músicas novas são excelentes e continuam mostrando um Paradise Lost muito produtivo e como muita coisa boa para mostrar por muito tempo ainda, pois não deixaram o pique cair e ainda que eu não conheça o disco inteiro, pelo jeito me parece que mais uma vez eles acertaram em cheio. Desse disco tocaram ainda “The Longest Winter”. Falando em pique, tocaram músicas que os fãs mais radicais não aceitam (ou não aceitavam, como eu ouvi de alguns fãs mais antigos que se desculpavam pela idade quanto ao radicalismo) daquela fase, digamos, mais pop e leve, que o Paradise Lost produziu em alguns discos, mas, que o grupo mostrou maturidade e profissionalismo de quem faz o que gosta acima de tudo para provar que aquelas músicas e aqueles discos eram e ainda são muito bons. Canções como “One Second” e “Erased” foram exemplos disso. Era até meio engraçado ver as pessoas batendo cabeça e outros quase dançando. Com a qualidade que o Paradise Lost possui, é claro que a gente vai sentir sempre a falta uma música ou outra (“The Last Time”, “True Belief” e “Eternal ” são algumas), mas o set list foi excelente e os caras detonaram em uma apresentação de uma hora e meia. “Embers Fire” foi sensacional, lembro de que quando ouvi essa música pela primeira vez me assustei com o vocal diferenciado de Nick Holmes. Aliás, como esse cara canta! Além de maravilhosas canções como “Forever Failure” e “As I Die”.
O público foi muito bom, e se não encheu a casa, também fez bonito marcando uma boa presença. Quanto a produção, esteve impecável durante todo tempo, inclusive no som do palco que estava muito bacana. A MGB mais uma vez provou que está fazendo um excelente trabalho, inclusive acreditando no público carioca que muitas vezes precisa fazer mais a sua parte, afinal, os shows são feitos para ele, e que ao lado da No Class vem mostrando que é possível fazer bons eventos na cidade sem que sejam apenas eventos com medalhões ou em grandes festivais pela cidade. Parceria de sucesso!
Setlist
From the Gallows
Gothic
One Second
Erased
Forever Failure
Requiem
Medusa
An Eternity of Lies
Faith Divides Us – Death Unites Us
Blood and Chaos
As I Die
Beneath Broken Earth
Embers Fire
Encore:
No Hope in Sight
The Longest Winter
Say Just Words
Categoria/Category: Sem categoria
Tags: Paradise Lost
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