A Pense ou o Pense, tanto faz a forma que você queira dizer, foi responsável
em abrir o evento de 8 anos do Aquarius Rock Bar, conhecida casa de rock da zona leste de São Paulo.
Texto: Rafael Barbosa
O Pense, é uma banda de hardcore mineira que está na estrada desde 2007 e atualmente é uma das principais banda do cenário underground do gênero, sendo headline dos principais eventos de Hardcore, derrubando a hegemonia de bandas como CPM22, Dead Fish e Dance of Days.
A banda possuí uma energia incrível, onde aos primeiros acordes o mosh pit já estava formado, agitando toda a plateia do início ao fim do show. Abrindo o show com a musica Dia Corrido, passando por sons como Levanta e Vai, Espelho da Alma e fechando com o seu principal hit Eu Não Posso Mais, colocando uma quantidade insana de fãs ensandecidos sobre o palco, coisa linda de se ver.
Sem dúvida o Pense segurou com êxito a responsabilidade em abrir o evento, preparando a plateia para os dois próximos shows que estavam por vir.
A banda Project 46 foi a segunda banda da noite, tocando logo após o Pense. A banda possui uma grande quantidade de fãs, em sua grande maioria trajados com alguma vestimenta com o logo da banda, ponto positivo para os fãs.
Guitarras e distorções ao máximo, bateria altíssima e vocais aos berros, esse
foi o show do Project 46. A banda foi um divisor de águas, do tipo ame ou
odeia, onde ela atraia parte do públicos do Pense porém ao mesmo tempo que repelia parte do público do CPM22, ficando evidente essa divisão durante o show.
Com uma boa presença de palco, o Project 46, fez outra grande participação, mas claramente quem não é tão ligado ao Metal e ainda tem aquele comportamente mais separatista entre Punk e Metal ficou com o narizinho torcidinho, estranhando a presença da banda e não conhecendo as letras de protesto que a banda faz.
Chegou a hora da headline do dia, a principal banda do hardcore nacional, o CPM22 foi a banda escolhida para fechar o 8° Aniversário do Aquarius Rock Bar, e sinceramente, foi a escolha certa para fechar o evento.
A banda faz praticamente parte da santíssima trindade do Hardcore Nacional, é fato, se você quer casa cheia, eles precisam ser o headliner do evento.
Eu estava meio receoso no inicio do show. Traumatizado pelo último show que assisti deles, no já extinto Hangar 110, onde eu e toda plateia daquele dia esperava um show memorável, tocando todos os clássicos da banda e infelizmente eles tocaram o set list da tour suor e sacrifício, bem inapropriado para o “último” da mais importante casa de Hardcore que São Paulo já teve.
Por volta das 02 da manhã o CPM22 sobe ao palco e inicia o show com “Atordoado” e “o Mundo da Voltas” dai você olha pra banda e vê o Badaui extremamente feliz, a banda toda com uma energia e presença de palco a tempos não vista.
Há algum tempo atrás, caso você subisse no palco e esbarra-se em alguém da banda, já seria motivo para parar de tocar, falar umas merdas, e com sorte voltar com o show. Nesse show foi totalmente o oposto, plateia no palco, Badaui defendendo o pessoal dos seguranças, guitarra desligada por um idiota que chutou o cabo no palco, uma mina doida que deu uma
gravata no Badaui e o show continuando a pleno vapor, tá ai, isso é Hardcore.
A banda continuou variando entre os clássicos e músicas atuais do suor e sacrifício, mas de uma maneira mais homogênea, agradando antigos e novos fãs, porra, tocaram Pregur… Só esse som já valeu o show.
Bem, valeu muito a pena esperar e assisti-lo pela milionésima vez, mas CPM22 sempre será a principal banda de Hardcore nacional, no final, apenas eles chegaram ao mainstream e permanecem até hoje, como uma grande banda no genêro.
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