Resurrection Festival 2018 @Viveiro/Espanha – (11/07/2018 – 14/07/2018)
Postado em 23/07/2018


Ah….. os Festivais Europeus, tudo começou com o Castle Donington, perpetuado como Monster of Rock, e hoje temos Wacken, Sweden, Hellfest, Brutal Assault, Master of Rock, e agora descobrimos mais alguns Fest dessa vez na sensacional Espanha, com o Festival em Barcelona, e esse Festival,  na bélissima cidade de  Viveiro, o Resurrection Fest na qual apresentamos a partir de agora a vocês

Texto e Fotos por Bruna Feltrin e Melina Gomes

Edição Marcos “Bulino/ Pamela Nurchi

Com pouco mais de 15.000 habitantes a cidade de Viveiro no município de Lugo na Espanha recebeu a 13º edição do Fest, carinhosamente chamada pelos organizadores como “Charpter XIII”. Recheada de paisagens de tirar a folego, a pequena cidade se situa na costa norte do pais, cercada de montanhas e o oceano “logo ali do lado” o festival contou com uma atmosfera quente e ousada.

O evento vem ganhando o seu espaço ano após ano com atrações de encher os olhos de qualquer amante do Metal e esse ano o pé na jaca foi forte com atrações especiais como Kiss, Scorpions, Megadeth, Exodus, Stone Sour, Ghost Overkill, e porque não citar o Prophets of Rage.

O festival espanhol contou com 4 palcos: Desert Stage, dedicado a bandas com pouco tempo de estrada, Chaos Stage – com o mais puro underground, Ritual Stage – sendo o segundo maior palco, trazendo grandes nomes da cena, e por final o palco principal chamado de Main Stage – entre os grandes telões e uma estrutura gigantesca.

O público de 80.000 surpreendeu com sua variedade entre jovens, adultos e crianças acompanhadas pelos pais que estavam entrosados e visivelmente aproveitando e se divertindo em cada canto do evento, que é o principal objetivo de qualquer Festival.

As belas paisagens que a Viveiro proporciona a caminho do festival são incríveis e já se torna uma especie de primeira atração e aquecimento para que o vem depois nos palcos já citados acima. O primeiro dia do festival, que éo “aquecimento”, onde o público chega antes para poder se organizar na área de camping em volta do festival e também para desfrutar de alguns shows de bandas underground onde muitos marcaram presença e mostraram que a diversão não tem limite. Encerrando a primeira noite tivemos o fodástico  Ministry que fez aquele show que lembramos com muito saudosismo de sua última passagem no Rock in Rio.

O destaque do dia foi a banda de rock eletrônico THE QEMISTS. Formada em 2004, com muita presença de palco os ingleses mostraram muita técnica e experiência e pode ser aquela promessa que sempre buscamos na cena, para que a chama do Rock continue viva como força da juventude.

Ainda com muita gente chegando, no segundo dia do festival também tivemos um cenário underground muito bem valorizado repleto de moshpits e muito rock dando início com as bandas locais de Hardcore We Exist Even Dead e Los Montañeros de Kentucky. Os canadenses do Get the Shot mandaram um hardcore clássico com sonoridade limpa e fizeram o Chaos Stage dar todo sentido ao nome, ou seja nesse palco tinha aquela desgraceira que amamos ver em um evento como esse.

O palco principal foi inaugurado pela banda Dawn of Maya que estava se despedindo dos palcos. O público compareceu em peso tornando o momento ainda mais especial para a banda.

Em seguida subiu ao Main Stage os ucranianos da banda Jinjer que tem conquistado seu espaço no cenário musical cada vez mais. Muitos compareceram mostrando que estavam afiados cantando as músicas junto com a vocalista Tatiana que exalou simpatia durante todo o show, além da super energia que a banda transmite!

Logo em seguida, chegou a vez de um dos clássicos do thrash metal dos anos 80, Overkill. Os americanos mostraram que ainda estão em ótima forma fazendo o público se agitar, cantando e pulando com toda emoção que um rock and roll nos proporciona.

Set List

  1. Mean, Green, Killing Machine
  2. Rotten to the Core
  3. Electric Rattlesnake
  4. Hello From the GutterIn Union We Stand
  5. Ironbound
  6. Elimination
  7. Fuck You (The Subhumans cover)
  8. Sonic Reducer (Dead Boys cover)
  9. Fuck You (The Subhumans cover)

Um pouco mais tarde, no Chaos Stage, a banda Cristal Lake do Japão parou o festival com o seu som pesado e animador, tendo pessoas assistindo ao show até do lado de fora da área coberta. Logo em seguida fomos ao Desert Stage, que não estava tão deserto assim, se apresentou a banda inglesa de rock experimental Rolo Tomassi, um som “diferentão” que arrancou olhares curiosos e satisfeitos ao final do show.

Quando a noite chegou, foi a vez da banda americana Stone Sour se apresentar no palco principal do evento. O vocalista Corey Taylor subiu ao palco vestindo a camiseta do festival contagiando a todos com a sua energia, vitalidade e carisma e tirando folego das meninas. A banda também tocou vários clássicos de sua carreira, vibrando com o público que exalava animação.

Para fechar a noite, a banda tão esperada por muitos que ali estavam, os suecos do Ghost, para nós estreando seu novo vocalista ou “Papa” como queiram, e mesmo com essa “novidade”  deram um show em sua performance teatral surpreendente com um setlist que agradou aos fãs que lá cantavam e vibravam, e diferente do Maximus onde tocaram a tarde com o show mais a noite, com as luzes do palco a performance da banda ganha muito corpo.

  1. Rats
  2. Absolution
  3. Ritual
  4. From the Pinnacle to the Pit
  5. Faith
  6. Cirice
  7. Miasma
  8. Year Zero
  9. He Is
  10. Mummy Dust
  11. Dance Macabre
  12. Square Hammer
  13. Monstrance Clock

O terceiro dia do festival não poderia se esperar menos, contamos com a agitação no palco principal dos franceses do Rise of the Northstar. A banda tem uma temática japonesa com muito metal. Se apresentaram com um figurino meio samurai, bem diferente de muitas outras bandas e coisas assim, trazem uma nvidade que buscamos sindo do mesmo do sempre as mesmas bandas.

Em um dos palcos secundários, pudemos prestigiar o som dos americanos da banda Suffocation. Ea os amantes do death metal não ficaram nada decepcionadas, “literalmente o capeta participou das rodas” , a banda atraiu praticamente todo o festival onde literalmente “ovacionaram Belzebu” no palco, que Show sensaional…

Logo em seguida de volta para o palco principal, um dos clássicos mais esperados, foi a vez de Megadeth. A banda subiu ao palco com muita energia, e executou com maestria o último show da “Dystopia Tour”. Destaque ao único musico brasileiro presente no Festival, Kiko Loureiro se mostrou sintonizado e extremamente confortável em dividir os palcos com os dinossauros do Thrash Metal estadunidense.

Tínhamos até a curiosidade com o relançamento do Killing Is My Business…and Business Is Good – The Final Kill pensamos que teria algum set especial do play, porém nada aconteceu e apenas se confirmou como show final da Tour sem nenhuma surpresinha de derrubar o queixo embora a banda fez mais um show matador.

  1. Hangar 18
  2. The Conjuring
  3. The Threat Is Real
  4. My Last Words
  5. Take No Prisoners
  6. Sweating Bullets
  7. She-Wolf
  8. Tornado of Souls
  9. Dystopia
  10. Symphony of Destruction
  11. Peace Sells
  12. Holy Wars… The Punishment Due

Na sequência um outra banda clássica, a banda Scorpions com um setlist recheado de músicas de todas as fases e com Mickey Dee na bateria a banda impressiona muito ao vivo, seja pela instrumental ” The Zoo”, seja pelo Medley dos anos setenta com “Steamrock Fever”, e “Speedy’s Coming” do maraviloso Taken by Force, porém deixando o Virgin Killer de lado, que para amantes do som da banda dos anos 70 soa quase como um sacrilégio.

A banda é conhecida pelas baladas e claro que tivemos “Send me an Angel” ou “Winds of Change” que foi a música simbolo da queda do muro de Berlin e isso sempre merece ser citado, porém a banda na sequencia, voltou a porradaria com “Tease me, please me” e homenageando Lemmy e Motorhead, e com Mickey Dee na banda, fica maroto executar “Overkill” com uma versão absurda.

E sejamos sinceros, qualquer show deles que tenha,Blackout, Big City Nights, Still Love You e Rock like a Huricane, o show sempre é memorável.

  1. Going Out With a Bang
  2. Make It Real
  3. The Zoo
  4. Coast to Coast
  5. Top of the Bill / Steamrock Fever / Speedy’s Coming / Catch Your Train
  6. We Built This House
  7. Delicate Dance
  8. Send Me an Angel
  9. Wind of Change
  10. Tease Me Please Me
  11. Overkill (Motörhead cover)
  12. Drum Solo
  13. Blackout
  14. Big City Nights
  15. Still Loving You
  16. Rock You Like a Hurricane

De volta para o palco secundário foi a vez da banda de doom metal, Paradise Lost, com um setlist bem especial deixando os fãs com um gostinho de quero mais, ainda mais nós aqui do Brasil que teremos a banda por aqui neste segundo semestre. A terceira noite desse grande evento foi fechada pelos Espanhóis da banda Angelus Apatrida, puro Thrash Metal, divulgando o novo e maravilhoso CD  Cababret de La Guilhotine detonando sendo um dos grandes destaques do Festival.

No quarto e último dia do festival foi inesquecível para quem estava lá presente. Cheio de grandes atrações e o KISS a mais esperada de todas, , logo pela manhã se via pelas ruas da pequena Viveiro pessoas e, até crianças, vestindo a camisa da banda e algumas com os rostos pintados tornando a atmosfera muito divertida e excitante. Todos aguardavam ansiosos pela banda enquanto não chegava o grande momento se divertiam e aproveitavam muito a presença de outras bandas ilustres.

O dia se deu início a mais bandas undergrounds em um dos palcos secundários, uma dessas bandas que chamou atenção foi a banda local chamada Bellako na qual levaram o público ao delírio com o seu som. A banda também aproveitou para divulgar as músicas de seu novo álbum que será lançado em Setembro intitulado Demonios.

Logo mais, chegou a vez da banda francesa Igorr, despertando a atenção de muitos com o seu som bem diferenciado que mistura música eletrônica com uma pegada death metal, e com a junção de vocal lírico e gutural, bem diferenciado.

Voltando ao palco principal, outra banda que não deixou o público parado, foi Prophets of Rage com membros do Rage Against de Machine sendo o destaque Tom Morello com o som de sua guitarra caracteristico. A banda conquistou o público de toda parte do evento fechando o show com chave de ouro com clássicos da própria banda Rage Against the Machine com “Bulls on Parade” e “Killing in the Name” com a participação de Frank Carter do Frank Carter & The Rattlesnakes

  1. Prophets of Rage
  2. Testify
  3. Heart Afire
  4. Hail to the Chief
  5. Fight the Power
  6. Guerrilla Radio
  7. Living on the 110
  8. Bullet in the Head
  9. Jump Around
  10. Sleep Now in the Fire
  11. Unfuck The World
  12. How I Could Just Kill a Man
  13. Bulls on Parade
  14. Killing in the Name

Logo após recuperarmos o fôlego seguimos para a apresentação da banda que tem tido uma certa notoriedade na cena do metal, Thy Art is Murder. Os Australianos trouxeram uma vitalidade e energia tamanha em sua apresentação, tendo também como convidados um grupo de crianças curtindo o seu som enquanto tocavam o cover da banda Rammstein  “Du Hast”.

Chegando o momento tão esperado, a apresentação da banda KISS que entrou ao palco com a clássica frase “You wanted the best, you got the best…….” mostrando que ainda estão super em forma para o bom e velho rock’n’roll com uma mega performance pirotécnica, recheada de efeitos especiais e fogos de artifícios.  A banda trouxe um setlist repleto de clássicos, deixando com certeza aquela sensação de um show inesquecível! O show FOI PADRÃO E PERFEITO, com Gene Simons cuspindo fogo, vomitando sangue, Paul Stanley voando, mas o mais importante é que muitos viram uma versão de uma música nas redes sociais com o vocal de Paul falahndo muito dessa vez não aconteceu e tínhamos ali o KISS que fez 95% dos amantes deRock do Brasil terem o Heavy Metal como seu estilo de vida desde o Maracanã em 1983.

  1. Deuce
  2. Shout It Out Loud
  3. War Machine
  4. Firehouse
  5. Shock Me
  6. Say Yeah
  7. I Love It Loud
  8. Flaming Youth
  9. Calling Dr. Love
  10. Lick It Up
  11. God of Thunder
  12. I Was Made for Lovin’ You
  13. Love Gun
  14. Black Diamond
  15. Cold Gin
  16. Detroit Rock City
  17. Rock and Roll All Nite

E assim, a noite e o festival se encerrou com o som pirata da banda Alestorm que não deixou o público parado com suas músicas agitada e o bom humor que a banda possuía. Tendo na sequência a pegada, a pancadaria do Exodus, com Steve “Zetro” Souza sendo um show a parte com seu carisma, deixando a todos com gostinho de quero mais do festival em sí, terminando com a adrenalina lá emcima


Resurrection, ou Resu, apelido carinhoso dado pelos fãs, é um festival que todos os amantes de rock devem ter em sua lista. A diversão é garantida e a organização é impecável. O local do festival é muito agradável e ano que vem tem mais! E quem quiser vamos fazer uma Van e assim o Brasil domina mais esse Fest no Velho Continente.

Nota do Redator: Existe um Stand no Fest da Organização para que seja oficializado qualquer tipo de abuso ou assédio Sexual as mulheres que frequentam o Festival, onde se toma atitudes enérgicas para o infrator. O mundo inteiro de olho nesse tipo de ocorrência e parabéns ao Festival adotando as medidas possíveis.

 

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