Richie Kotzen @ Carioca Club – São Paulo/SP
Postado em 25/03/2011


De volta para o terceiro ano seguido com apresentações no Brasil Richie Kotzen realizou, em nove dias, sete apresentações por diversas cidades do país. Tudo começou com um belo show acústico em São Paulo no dia 11/03 e terminou em São Paulo no dia 19/03 com um show elétrico. Detalhe por detalhe do show elétrico você confere a seguir:
Texto e fotos: Bruno Bergamini
(Link para todas as fotos no final da matéria)
A abertura da noite ficou a cargo do Tempestt que entrou no palco com um pouco de atraso deixando a apresentação da banda mais curta, resultando em um show de pouco mais de 40 minutos com músicas próprias (inéditas e antigas) e alguns covers com destaque para “Anytime Anywhere” do Gotthard.

 

A escolha da banda para a abertura não agradou boa parte do público, mas a verdade é que o Tempestt (que está com disco novo para sair) mostrou ser uma grande banda ao vivo e realizou um show excelente no Carioca Club, fato que é facilmente confirmado já que eles foram os escolhidos para a abertura dos shows do Slash no Brasil.
Meia hora depois, tudo já estava pronto para a grande atração da noite. As cortinas subiram e Richie Kotzen com banda já estavam no palco prontos para a primeira música da noite “Best Of Times” seguida por “Long Way Form Home” ambas do Peace Sign (último disco de estúdio lançado em 2009).  O show continuou com “A Love Divine”, “Fooled Again” música que ele aproveitou para fazer, durante a improvisação, o já tradicional riff que é executado em todo show (soa mais ou menos assim “PAPARÃPAPARÔ) e está se tornando marca registrada, quem sabe um dia isso não vira música?

A calma “Faith” trouxe um dos mais belos solos/improviso da noite, é aqui que se encontra o maior diferencial dos shows do Kotzen, as músicas, que no CD tem cerca de 4 minutos, ao vivo tem sua duração dobrada por causa das jams e se engana quem pensa que quando um guitarrista decide improvisar e ficar solando é um porre, Richie sabe muito bem como misturar a técnica com o “feeling” e assim proporcionar momentos únicos em cada show que faz.
Ao o final de “So Cold” o show estava chegando à metade e até o momento Richie parecia estar poupando a voz, cantando sem dar todo o potencial que tem. Tudo isso mudou na música seguinte “Shine” que levou o público a euforia! O show seguiu com “High”, bela música, que fica melhor ainda em versão acústica. “Stand” proporcionou um pelo dueto entre o público, que cantava o refrão em uníssono e Richie, que acompanhava com “backing volcals” improvisados.
Gritar palavrões é uma terapia que faz bem para muitos e “You Can’t Save Me” pode proporcionar isso, nada mais divertido do que gritar bem alto “FUCK” várias e várias vezes. Apesar de ter apenas cinco anos, o disco Into The Black já é um clássico e suas músicas são sempre comemoradas quando tocadas ao vivo. Esse fato foi confirmado em “Doing What The Devil Says To Do” que trouxe mais uma bela Jam entre Richie e sua banda, esse ano formada por Daniel Pearson (baixo, presente nas últimas duas passagens de Richie pelo Brasil) e por Michael Bennett (bateria, se apresentando pela primeira vez por aqui).

“Peace Sign” repetiu a dose da música anterior com outra Jam incrível (acho que todas são), no final dessa música Richie tomou um pouco de água e foi ao o microfone agradecer a todos, falar que estava feliz de estar ali naquela noite e que iria tocar a última música, a rápida “Paying Dues”. Instrumentos deixados de lado, a banda inteira agradece e se dirige ao camarim enquanto o público começa os gritos de “KOTZEN KOTZEN KOTZEN” na esperança de que a banda volte para tocar mais algumas músicas.
E eles voltaram, para tocar “Remember” que é praticamente o resumo do que as pessoas vão levar do show, vão lembrar dele para sempre. Uma das mais pedidas mais pedidas durante a noite toda “Go Faster” veio para encerrar o show que parecia ter começado a alguns minutos atrás. Falando “vejo vocês na próxima vez” Richie se despediu do público que ainda queria mais.

Nesses últimos três anos com apresentações do Kotzen no Brasil esse foi o que teve melhor estrutura e maior público. O que ano passado ele está treinando, que era tocar sem palheta, esse ano foi feito com maestria permitindo ainda mais versatilidade nas improvisações. A parte ruim do show grande é que perde aquele clima intimista existente nas casas menores onde o artista fica a centímetros das primeiras pessoas na platéia. A iluminação estava perfeita durante a banda de abertura, mas durante o show do Kotzen as luzes estavam vindo de trás do palco e apontavam diretamente nos olhos das pessoas na pista o que incomodou em muitos momentos. Enfim agora é esperar que ele volte pelo quarto ano seguido para mais um grande show e que, caso nenhum disco novo seja lançado, ele mude um pouquinho o setlist. Aposto que muitos desejam ouvir músicas como “Till You Put Me Down” que ele nunca tocou em São Paulo ou até músicas de bandas que ele participou como o Forty Deuce ou o Wilson Hawk.
CLIQUE AQUI PARA VER A GALERIA COM 35 IMAGENS DO SHOW
Set List:
01 Best of Times
02 Long Way From Home
03 A Love Divine
04 Fooled Again
05 Faith
06 So Cold
07 Shine
08 High
09 Stand
10 You Can’t Save Me
11 Doing What The Devil Says To Do
12 Peace Sign
13 Paying Dues
BIS
14 Remember
15 Go Faster
Agradecimentos a Metal Militia Web Radio

 

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