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Resenha: Tamira Ferreira
Fotos: Pâmela Verissimo
A noite de domingo é sempre tomada por muita preguiça, tédio é desespero por ter que voltar ao trabalho na segunda. Porém, o do dia 20 de novembro foi especial para os fãs de Black Metal, pois a banda Rotting Christ estava em solo brasileiro para realizar sua turnê “Rituals” e era a vez de São Paulo conferir essa apresentação.
O local escolhido foi à clássica casa de shows Hangar 110 e, antes dos gregos subirem ao palco, duas bandas brasileiras se apresentavam para o público presente.
Eram 18h quando os portões do Hangar 110 se abriram para uma significativa fila que esperava do lado de fora e, por volta das 18h30, os paulistas da Desdominus começavam seu show.
Banda criada em Americana, no interior de São Paulo, tem na bagagem mais de 20 anos de Death Metal. Em sua formação estão: Paolo Bruno (guitarra e vocal), Wilian Gonçalves (guitarra), Rafael de Faria (baixo) e Ney Paulino (bateria).
O vocalista Paolo agradeceu quem havia chegado cedo para conferir as bandas nacionais e disse que a presença de todos ali era fundamental.
A plateia se manteve tímida nas primeiras músicas, apenas conhecendo o som é muitos fãs ainda não haviam entrado a casa, mas na metade do show, alguns já bangueavam e aplaudiam o espetáculo que a Desdominus apresentava para o público.
Em seu setlist estavam as canções: “Certo e Convicto”,” “False Creator’s Creator”, “Erase The God Within”, “Devastating Milenary Lies”, “Sacred Scrolls of Holy Lies”, “Reality of The Whisper Mine”, “Waves Collide”, “Inner Elevation”, “Uncreation” e “Supremacia Underground”.
O show acabou por volta das 19h30 e o Hangar 110 já se encontrava lotado. Uma cortina se fechou e, enquanto o público fazia uma pausa para uma cerveja, a próxima banda se preparava para tocar.
A segunda apresentação da noite ficou por conta dos paulistanos do Genocídio. Banda formada em 1986 e atualmente conta com os músicos Murillo Leite (vocal e guitarra), Rafael Orsi (guitarra), Wanderley Perna (baixo) e João Gobo (bateria).
Enquanto as cortinas ainda estavam fechadas, às 19h45, começou uma introdução. Quando elas se abriram, uma casa cheia esperava o que estava por vir, e a banda não deixou por menos, trazendo um setlist cheio de músicas autorais.
Foram tocadas durante o show: “Birth of Chaos”, “The Grave”, “Kill Brazil”, “Rebellion”, “Encephalic Disturbance”, “The Sphere of Lilith”, “Requiescat in Pace”, “Uproar” e “The Clain”.
Um pouco antes de a última música ser apresentada, o vocalista Murillo Leite perguntou ao público se eles gostavam de Death Metal, ao ouvir o grito de aprovação, ele completou: “E nacional? E de Minas Gerais?“.
Foi quando a Genocídio performava um dos sucessos da banda mineira Sarcófago, a música “Black Vomit”.
Já se passava das 20h quando a Genocídio deixava o palco e o grande momento da noite estava chegando.
Os fãs se aproximavam do palco, com suas bebidas à mão e gritavam pelos gregos da Rotting Christ.
Formada em 1987, se tornou um nome importante para o Black Metal mundial.
Atualmente, a banda conta com dois integrantes originais, Sakis Tolis (guitarra e vocal), Themis Tolis (bateria) e os músicos George Emmanuel (guitarra) e Van Ace (baixo).
O show começou às 20h55 com a música “Ze Nigmar”, levando os fãs ao delírio. Todos cantavam juntos, batiam palmas e gritavam conforme os integrantes iam interagindo.
Segunda canção da noite foi “Kata Ton Demona Eautou”. Mesmo sendo canções em grego, a plateia acompanhava, cantando do começo ao fim.
Sakis agradecia o público o tempo todo por estar ali e chamava os fãs de “irmãos e irmãs“, pronunciava algumas palavras em grego e outras em inglês com um sotaque bem forte e característico.
O show seguiu com “Athanati Este”, “Elthe Kyrie” e “Apague Satana”. Quando o vocalista anunciou que iriam tocar “King of a Stellar War”, a alegria dos fãs era contagiante e todos gritavam juntos.
A interação entre fãs e integrantes era visível. Os músicos olhavam diretamente para cada pessoa ali presente e o baixista estendia o braço para cumprimentar o público.
Entre agradecimentos e felicitações por aquela noite, a apresentação seguia com “The Sign of Evil Existence” e “The Forest of N’Gal”. Após estas, a banda decide fazer um cover da banda Thou Art Lord, a música “Societas Satanas”.
O vocalista arriscava o português e dizia “Oi, Brasil” e “Obrigado” para todos ali.
A seguir tocaram “In Yumen-Xibalba” e “Grandis Spiritus Diavolos”.
Sakis Tolis anuncia a última canção, “Noctis Era”.
Os integrantes saem do palco, porém o publico continua a chamar pela volta do Rotting Christ e os músicos retornam para o bis.
A penúltima música a ser tocada era “666” e fez todos ali cantarem junto bater palmas, banguear ou gritar. Cada fã aproveitava os momentos finais do show.
Sakis incentivou os fãs a gritar “Non Serviam” antes de começar a última música de mesmo nome.
“Non Serviam” vem do latim e significa “Não servirei“. Acredita que a frase foi dita por Lúcifer a Deus antes de ser expulso do céu.
Hoje é usada como expressão de rebeldia contra política, cultura e/ou religião.
O show termina, deixando fãs e músicos satisfeitos com a noite de domingo e sem pensar que a segunda já estava próxima.
Ao final, vários fãs tiveram a chance de conhecer e tirar fotos com todos os integrantes da Rotting Christ.
Agradecimentos a TC7 Produções pela organização e ao Luciano Piantonni (LP Metal Press) pelo credenciamento.
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Tags: Desdominus • Genocídio • Hangar110 • Rituals • Rotting Christ • TC7 Produções
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