Após tocar no Brasil em 2010 junto com o Guns’n’Roses, Sebastian Bach passou a ter um amor maior pelo Brasil e começou a declarar que aquele foi o melhor show de sua carreira. Pouco mais de dois anos após aquela apresentação ele retornou à América do Sul onde inicialmente faria dois shows só dois shows no Brasil, mas devido a alta procura de ingressos foi marcado um show extra no dia 17/04 e é esse que você vai saber como foi abaixo:
Texto e fotos: Bruno Bergamini
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Com cerca de metade da casa cheia a MadJocker, formada por Gus MJoker (Vocal), Fernando Coan (Guitarra), Cadu Ramalho (Baixo) e Lucas Pit (Bateria), subiu ao palco para esquentar o publico. A banda toca um hard rock cantado em português e alternou seu set com músicas próprias e alguns covers. O show deles foi bom com destaque para o vocalista Gus que deu um show a parte, interagiu o tempo todo com a plateia e ainda foi cantar com eles no final do show.
A apresentação de Sebastian Bach começou com atraso o que irritou algumas pessoas que não aguentavam mais esperar, afinal era uma terça-feira e muitos tinham trabalhado o dia todo. A casa estava cheia, quente e os ventiladores que espirravam água e deveriam refrescar o publico mais atrapalharam do que ajudaram, eles atingiam apenas uma pequena área de pessoas e o restante continuava a sofrer, além deles cobrirem a visão que algumas pessoas tinham do palco. Em shows com poucas pessoas esse problema é resolvido facilmente, pois sobra espaço para ver o show em outro lugar, mas com a casa cheia isso prejudica bastante os fãs. Talvez seria o caso de achar outro local para os shows ou encontrar uma forma melhor para combater o calor que é sempre motivo de reclamação.
Apesar dos problemas foi só começar o show que ninguém mais se lembrava do atraso e do calor.”Slave To The Grind” foi a primeira da noite e apenas a primeira de vários clássicos do de sua época no Skid Row. Por falar em Skid Row, metade das músicas tocadas no show são da banda e o restante pertencem aos álbuns Angel Down (3 músicas) e “Kicking & Screaming” (6 músicas) de sua carreira solo.
O show seguiu com “Kicking & Screaming”, a melhor faixa do álbum que leva mesmo nome, dando sequencia a um começo de show bem agitado. Sebastian se sente muito bem no Brasil, acolheu com carinho o apelido de “Tião” e diversas vezes durante o show pedia para que todos gritassem TIÃO, TIÃO.
Desde o início, pode-se notar algo que foi frequente durante todo o show, muitos fãs jogaram presentinhos em direção ao palco, bandeiras do Brasil, que foram carinhosamente colocadas no frente do palco, várias camisetas do Brasil, algumas até personalizadas, uma moto em miniatura, objetos não identificáveis e teve até um momento Wando no show quando uma fã jogou uma calcinha.
“18 and Life” foi um dos momentos mais bonitos da noite, a banda começou a tocar e Tião deixou o publico cantar enquanto olhava de forma admirada a multidão cantando em uma só voz. “É mágico” comentou o músico antes de seguir com a música. Extasiados, ao final da música, os fãs voltaram a gritar TIÃO, TIÃO… enquanto ele olhava emocionado para a plateia, aproveitou para acrescentar: “Sao Paulo is my favorite place to play in the fuking world!”
Ver os fãs loucos com a banda no palco e ver os músicos emocionados com isso é que torna os shows ainda mais especiais. É prazeroso ver que a banda está contente, emocionada com a reação da plateia, saber que aquele show que você estava não é apenas mais um que o músico estava fazendo só para cumprir a agenda e sim um show que vai ficar marcado em sua carreira. Ao final na noite uma coisa era certa, quem estava lá vai lembrar para sempre do show, tanto a plateia quanto os músicos.
O show extra de São Paulo teve pequenas mudanças em relação aos outros shows no Brasil e isso deixou de fora o pequeno trecho a capella de “Wasted Time”. Nos outros shows Sebastian cantou a capella trechos de Wasted Time, In a Darkened Room e By Your Side e no show extra ele mudou para Breaking Down, In a Darkened Room e Quicksand Jesus. Foi uma ideia muito boa essa, luzes baixas e apenas Sebastian junto a mais de 1000 pessoas cantando junto só não podia ter tirado a “Wasted Time”.
“Monkey Business” foi um momento inusitado ao show, a música foi “abrasileirada” e virou “Macaco Business” os fãs gostaram, derem risada e até cantaram junto a versão. Só o guitarrista que precisou de um leve puxão de orelha para entrar na brincadeira e fazer os backing vocals direito.
A banda que Sebastian trouxe, formada por Johnny Chromatic e Nick Sterling nas guitarras, Bobby Jarzombek na bateria e Jason Christopher no baixo, é muito boa e competente e tem boa presença de palco, eles só correm um pequeno risco de serem acertados pelo microfone que Sebastian costuma girar a cima de sua cabeça.
A trinca final do show foi matadora, começou com “I Remember You” que como esperado emocionou até os marmanjos, seguiu com a atual música de trabalho “Tunnelvision” e terminou com “Youth Gone Wild” onde o já não tão jovem Sebastian Bach ainda agitava selvagemente após mais de uma hora e meia de show. Mesmo com seus mais de 40 anos ele continua com animo para uma série de shows e a voz continua excelente, só a calça que não aguenta mais (olhem o rasgado nas fotos). Sem bis o show chegou ao fim e é um dos candidatos a melhor show do ano!
Setlist:
1. Slave to the Grind (Skid Row)
2. Kicking & Screaming
3. Dirty Power
4. Here I Am (Skid Row)
5. Big Guns (Skid Row)
6. (Love Is) A Bitchslap
7. Stuck Inside
8. Piece of Me (Skid Row)
9. 18 and Life (Skid Row)
10. American Metalhead (PainmuseuM cover e gravada por Sebastian no álbum Angel Down)
11. Breaking Down / In a Darkened Room / Quicksand Jesus (A capella)
12. Caught in a Dream
13. Monkey Business (Skid Row)
14. My Own Worst Enemy
15. Wishin’
16. I Remember You (Skid Row)
17. Tunnelvision
18. Youth Gone Wild (Skid Row)
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Tags: Sebastian Bach
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