Algo audacioso, podemos assim dizer, é o Projeto “Álbum” do SESC Belenzinho que segundo release oficial ele remonta a memória da música brasileira por meio de registros fonográficos que ajudaram a consolidar sua história onde vários artistas apresentam integralmente discos considerados “clássicos” pela sua importância histórica e inovação estética. Neste projeto já se apresentaram grandes bandas de Rock em todas suas variadas vertentes como RxDxPx, Lingua de Trapo, 365, Inocentes, Titãs e Paralamas do Sucesso. Esse mês o escolhido foi o Sepultura, a maior banda de Heavy Metal Brasil junto com seu quinto registro lançado em 1993, o fabuloso Chaos A.D..
Texto e Fotos: Marcos “Bullino”Cesar
Alguns números sobre esse CD/LP ( já que na época foi lançado nos dois formatos), ele vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo, e o hit Refuse/Resist foi considerado como uma das canções mais importantes da história do Heavy Metal.
Com a casa lotada, e foi assim os 3 dias que a banda tocou, Andreas Kisser (Guitarra), Derrick Green (Vocal), Paulo jr. (Baixo) e novo porém conhecidíssimo Eloy Casagrande (Bateria), no horário marcado como tradição da casa, sobre ao palco ao som de uma intro meio dançante um pouco diferente para shows de Heavy Metal porém com os gritos de “Sepultura, Sepultura” que marcaram quase toda a apresentação entre as faixas.
“Propaganda” iniciou os trabalhos e todo o SESC Belenzinho tomado por verdadeiros fãs, já que o show contou com pouco mais de 500 presentes em cada noite, e começou de maneira brilhante seguida por “Slave New World” e “Amem”, músicas que normalmente estão fora do Set da banda mas aqui ganhavam um cunho especial como “The Hunt” cover da grande banda New Model Army .
Claro que o Sepultura estava empolgado e agradecia constantemente a presença de todos, então Andreas anuncia “Nomad”, simplesmente sensacional. Vendo a banda ao vivo com CD novo (lançado no dia) percebo o grande momento em que os mesmos se encontram, já que era nítido a felicidade deles tocando e Eloy devidamente integrado a formação.
Voltando ao show, a próxima foi “Manifest” seguida por uma das minhas preferidas deste álbum “We Who Are Not As Others” com “Kaiowas” fechando essa trinca. Claro que varias rodas se formaram durante toda a apresentação, até de intensidade diferente, porém muitos queriam ver a execução completa já que muitas faixas ali, jamais teriam sido tocadas ao vivo, como “Clenched Fist, seguida pelo cover, que só foi lançado na versão deste álbum no Brasil, de “Polícia” do Titãs.
“Biotech is Godzilla” merece um parágrafo a parte, sempre empolgante e com todos em punho em riste no refrão cantando “Biotech, Biotech” é algo que fica na mende por alguns dias. Andreas assume os vocais para outro cover de uma banda nacional que já passou pelo mesmo projeto, se tratava da faixa “Crucificados pelo Sistema” do Ratos do Porão.
Para completar o Chaos A.D faltam duas músicas que claro vieram na sequência, a primeira a intro de bateria já marcava informando que seria a clássica “Territory” e, digamos, insana como sempre e “Refuse/Resiste” que terminou o set com um gosto especial, já que se tratava da faixa que eternizou essa obra que comemora 20 anos de seu lançamento e até Andreas brincou com isso de como o tempo passou rápido.
O bis veio rapidamente e já de cara “Arise” simplesmente espetacular, Derick apresenta “Inner” e a galera “Self” para completarmos “Innerself” do álbum Beneath The Remains, e primeiro vídeo clipe da banda. Outra grande faixa do último CD lançado e de mesmo nome “Kairos”, fez com que todos cantassem o refrão.
Lembrou que naquela data eles estavam lançando o novo CD “The Mediator Between the Head and Hands Must Be the Heart”, Andreas disse que tocariam duas algumas faixas do lançamento, e já pergunta , quantos compraram e quantos baixaram o mesmo?, para ai apresentar a faixa “Impeding Doom” sendo tocada pela primeira vez em um show.
Andreas volta a assumir o vocal com a faixa “Da Lama ao Caos” cover do Chico Science & Nação Zumbi, para depois o tradicional Sepultura do Brasil, 1, 2, 3 4 a banda toca o eterno hit “Roots Bloody Roots” terminando todo o espetáculo.
Uma celebração de amigos, de um álbum que marcou gerações, em um ambiente de amigos que só tinham um objetivo, se divertir e admirar um trabalho de profissionais que levaram o nome do Brasil por todo o mundo.
Agradecimento ao SESC Belenzinho pelo credenciamento e principalmente pela estrutura que proporciona a várias pessoas conhecerem grandes trabalhos da música brasileira sendo tocados na íntegra, sem palavras.
Set List:
1- Propaganda
2- Slave New World
3- Amen
4- The Hunt
5- Nomad
6- Manifest
7- We Who Are Not As Others
8- Kaiowas
9- Clenched Fist
10- Policia
11- Biotech is Godzilla
12- Crucificados Pelo Sistema
13- Territory
14- Refuse/Resist
Bis:
15- Arise
16- Innerself
17- Kairos
18- Impeding Doom
19- Da Lama ao Caos
20- Roots Bloody Roots
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Tags: sepultura
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