Quando a música é elevada a outro patamar !!!!
Um projeto audacioso, desde o ano passado quando a Orquestra Sinfônica Petrobrás executou o Dark Side of the Moon do Pink Floyd eu achei que poderíamos ter uma inovação nesse tipo de apresentação no Brasil, e devido ao sucesso, realmente não deu outro resultado e tudo mudou.
Ah Música Clássica é Chato!!!! O Catso…Nem o ovo é chato.
Do mesmo modo que o Rock teria que ser o estilo “Transgressor”, e muitos que tocam o estilo esqueceram bem disso, os grandes compositores na época eram esses “transgressores” séculos atrás com suas composições que hoje por onde passam são enaltecidas, vide a música do gás que escuta quando o caminnhão passa seja a mesma quando o Accept toca “Metal Heart” então tudo está conectado na música.
Mas o que é uma Sinfonia, de onve vem essa palavra, o que são? do que vivem?…… como diria o apresentador da RGT e “Sinfonia” simplesmente é uma palavra de origem grega [συμφωνία] que significa Todos os sons juntos, [συμ = Syn] e [φωνία = fonia], sendo fonia o mesmo que fonos, aquele que produz qualquer coisa relativo ao som, haja vista as palavras , megafone e telefone, tá vendo, Site de Tock também é cultura
O local escolhido foi o maraviloso Allianz Park, que sem dúvida em São Paulo é o estádio que apresenta mais condições para qualquer evento cultural, devido a localização, estrutura, facilidade de acesso etc.. e no formato que chamam de Allianz Hall, onde é ocupado apenas a área conhecida com Gol Norte, e toda a estrutura não afeta o gramado que sempre prejudica a prática esportiva da qual o recinto foi previamente construido para esses fins.
O espetáculo mais uma vez foi Soldout e o Rock estava lá, mas é claro, o Queen é uma lenda, porém não é aquele evento de ir com a camisa do Sarcófago, e pensamos, sei lá irmos mais de social, e claro que os amigos da assessoria de imprensa nos zoaram quando chegamos dizendo que é um show e não um casamento, e rindo muito da situação lá fomos nós conhecer a Orquestra Petrobras Filarmônica.
No horário mais que preciso começa o vídeo de segurança do estádio e todos os músicos ocupam seus lugares e por último claro o Maestro Felipe Prazeres com a peita do Queen apresenta como seria sim o “espetáculo” e avisa que tocariam a Trilha Sonora do filme Bohemian Rhapsody.
Estávamos curioso, pois se algumas músicas com filarmônica ficam magistrais como “Hurricane” do Scorpions, e “Detroit Rock City” do Kiss, outras soam estranho como o S&M inteiro do Metallica, mas ali era outra pegada, sem guitarra sem voz, apenas como seriam aquelas composições séculos atrás e no caso teríamos dois instrumentos com pedais para uma certa distorsão em alguns momentos.
A trinca inicial, excelente afinal “Another one Bites to Dust”, “Now I’m Here” e “Don’t Stop me Know” são grandes sucessos do Queen, e aquilo era sensacional e diferente do nosso usual, porém eu senti uma grande diferença.
Eu queria cantar as músicas, afinal era Rock, era o espirito do Queen, e o maestro tinha pedido para todo o estádio ser uma voz, só que toda vez que alguém cantava ( e no caso , dane-se que cantava mal), algumas pessoas que chamaremos cordialmente de “pessoas arrombadas” pensavam que estavam no nosso Teatro Municipal e ficavam imitando uma bola murchando… pssssiiiiii ( não sei se é assim que se escreve o som de uma bola murchando ou quando alguém pede silêncio).
“Radio Ga Ga” eu quase tendo um troço querendo cantar batendo as palmas como em qualquer show do Queen ali foi apenas aquela admiração, e eu via essas “pessoas arrombadas” e pensava, ora, devia ser os netinho chato que reclamava quando o avô ouvias os LP’s de Ray Connif na hora do almoço, pois o que tínhamos ali da parte da platéia era um bando de chato recalcado.
A musicalidade de uma orquestra as obras do Queen é algo indescritível, muito você fala que é perfeito que foram composições feitas para isso, “Under Pressure” e a pesada ” Keep yourself Alive” maravilhosas, e talvez uma das melhores “
“Who wants to live forever” clássico do anos 80 como trilha sonora do filme Highlander, magistralmente veio depois, e aquela atmosfera que o Queen conseguia nessa complexa música a Filarmonica Petrobrás fez o mesmo nível, eu fechava os olhos e lembrava das cenas do filme de trinta e poucos anos atrás.
“Crazy Little Thing Called Love” foi uma despertar de uma nova era no show, finalmente a platéia resolveu cantar junto como o Maestro tinha pedido no inicio da apresentação e ai ficou “o esquema” a apresentação, afinal todo o show do Queen se cantou muito… e claro que a música ganha destaque na apresentação por isso, pois a energia que volta aos músicas é estupenda.
Ai tivemos uma pausa se 20 minutos para os músicos descansarem um pouco.
A volta o clássico único e insuperável do disco “a Night at the Opera” e a música que dá nome ao filme e a esse show, “Bohemian Rhapsody” e a platéia continuou na mesma energia cantando e aquele corinho “mama mia, mama mia Let me go” foi sensacional, aquilo era Queen, aquilo era uma homenagem a uma obra que será eterna, simples e perfeito, com muitas pessoas aplaudindo de pé ao final. “bravo… Bravíssimo nós gritamos”
Maestro não é maestro por simplesmente ter se formado em música eles tem o “feeling do baguio” e com aintro rolando, ele pede que a orquestra pare e todo, sim eu disse todo o Allianz Hall canta “I want to Breakfree”..e fica aquele momento mágico.
A mais que esperada “Love of my life” mesmo cantada por todos, achamos estranho, pois a simplicidade da música apenas em um violão e voz, ali com grandes proporção e instrumentos não teve o impacto que eu esperava… e sim como esperávamos essa música.. e como é claro que nós brasileiros da aquela engasgada no nosso inglês “the book is on the table” e aquela parte
“You will remember… When this is blown over…Everything’s all by the way
When I grow older…” ai todos enrolam e voltam firmes e fortes na parte seguinte “I will be there at your side to remind you..How I still love you …I still love you,…” , brasileiro é genial por essas coisas.
“The Show must go on”, eu sinceramente mesmo não escutando voz nenhuma, eu ouvia Freddy Mercury na minha frente cantando essa música, realmente a experiência é algo único.
Já indo para o final do set previsto, tivemos “Somebody to love”, genial como sempre, e claro que a finalização veio com “We are the Champions” música que o Queen fez para a Seleção Inglesa e ali tínhamos essa obra no estádio do atual campeão brasileiro soando perfeitamente como era quando o Queen a executava em qualquer estádio do mundo.
Ai claro depois virou Brasil e atendendo a pedidos, tivemos quatro bonus, sim eu disse quatro e não uma extrinha como em alguns shows, com as músicas “Bohemian Rhapsody “, “Crazy Little thing called love”, “I want to Break free” e “Radio Gaga ” com muita participação da platéia já com quase todos de pé dançando, cantando e se divertindo.. que é o ponto principal, se divertir que nós como brasileiros estamos precisando em um momento tão pertubado como esse.
Era nítido a empolgação do Maestro Felipe Prazeres em reger a Orquestra com casa lotada, ela regia, saltitava, dançava, era um verdadeiro showman guiando primorosamente com 34 músicos no palco no Allianz Hall.
Algumas faixas do disco não foram executadas como “Fat Bottomed Girls” e a sensacional “Hammer to Fall” e mesmo assim o conjunto e apresentação é algo fantástico e deve ser realmente visto se curte a banda Queen claro.
Espero que esse Projeto seja mantido e que tenhamos em espaço até maiores com preços mais populares para levarmos esse tipo de show que sim é diferente para mais pessoas e que nossa cultura continue crescendo sempre…
- Another ono Bites to Dust
- Now I’m here
- Don’t Stop me Know
- Radio Gaga
- Under Pressure
- Keep yourself alive
- Who wants to live forever
- Crazy Little thing called love
- Bohemian Rhapsody
- I want to Break free
- Love of my life
- The show must go on
- Somebody to love
- We are the Champions
- Bohemian Rhapsody (Bonus)
- Crazy Little thing called love (Bonus)
- I want to Break free (Bonus)
- Radio Gaga (Bonus)
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Tags: Orquestra Filarmônica Petrobras
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