Alguns músicos conseguem se superar a cada ano, e o Slash com certeza é um deles, desde o lançamento do álbum World on Fire, considerado um dos melhores lançamentos de 2014, o músico volta ao Brasil e com uma extensa Tour e passando por várias cidade, e com a participação de Gilby Clarke abrindo os shows, causou um Boom na procura de ingressos, ainda mais com a participação de Duff nos shows da Argentina e Chile.
O que há algum tempo eu tenho reparado é que em suas últimas passagens pelo Brasil , o público dos Shows do Slash tem sempre aumentando e cada vez em maiores casas e desta vez o show seria no Espaço das Americas e tivemos um excelente público que compareceu no domingo dia 22 de março, seja por sua bem sucedida carreira solo ou sua volta junto ao Guns’n’Roses original, que aparentemente a cada dia que passa mais inviável fica.
Gilby Clarke
A noite praticamente era imperdível para qualquer fã do G’n’R já que como abertura tivemos o outro guitarrista do hoje “masterpiece” Use your Illusion, e fez parte da banda em 2 dos 4 principais shows da banda, citando o Tokyo Dome’92 e Paris’92 (Apenas para conheicmento os outros dois seriam o show do Ritz’89 e do Rock in Rio’91 que são conhecido como históricos na carreira do Guns’n’Roses).
Com sua guitarra Les Paul Preta, já inicia com Wasn’t Yesterday Great, com o tradicional hard feito pelo músico com forte influencia do Rock dos anos 60, e ao perguntar a platéia “Sampaolo como estão vocês?”, anuncia Under the Gun, com uma musicalidade bem característica da sua ex banda se tornando muito peculiar ao nossos ouvidos.
Um “hey motherfuckers, grande show de rock hoje heim..”e Gilby nos presenteia com uma das faixas de suas primeiras bandas o Kill for Thrills com a faixa Motorcycle Cowboys, e era interessante ver a presença de palco da banda com todos músicos fixos e apenas Gilby Clarke indo de um lado para o outro afinal ele é o centro de todas as atenções de sua banda.
Uma balada eu diria seria a seguinte, onde Gilby disse ser tão boa com um bom whisky foi a deixa para a música Black, Gilby agradece e pergunta se queremos ouvir Rock’n’Roll e com o sim da plateia ele avisa que cantara uma do Rolling Stones, e assim tivemos It’s only Rock’n’Roll but I like it que foi bem aplaudida pela galera.
O momento revival veio na sequência com Knocking on Heavens Door, que qualquer fã do Guns sabe que a música é de Bob Dylan mas versão no filme Dias de Trovão ganhou o mundo com o Guns’n’Roses e foi talvez a primeira gravação de Gilby Clarke com a banda.
Outra do Rolling Stones, sendo o terceiro cover seguido, uma belíssima versão da balada “Wild Horses” realmente empolgou os amantes do Rock mais tradicional. Gilby relembra uma faixa que gravou com Slash, e do Slash’s Snakepit ele nos surpreende com Monkey Chow.
Já que estava focando em covers, lógico que emendaram outra dos Rolling Stones com Dead Flowers, o clima desanimou um pouco, mesmo sendo bem executadas já que o pessoal não queria ver apenas covers, e Gilby percebe isso e anuncia que aumentaria um pouco a velocidade na próxima com Cure Me … Or Kill Me …
Era chegada a hora final do show, e Gilby anuncia a participação da estrela maior da noite Slash, e ninguém acreditou até a hora que viram o exímio guitarrista no palco para um belo dueto de guitarras e terminaram este show com Tijuana Jail e terminando sem dúvida no melhor momento e até pela participação da grande estrela da noite.
Setlist:
Wasn’t Yesterday Great
Under the Gun
Motorcycle Cowboys
Black
It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)
Knockin’ on Heaven’s Door
Wild Horses
Monkey Chow (Slash’s Snakepit song)
Dead Flowers (The Rolling Stones cover)
Cure Me … Or Kill Me …
Tijuana Jail
Slash feat. Myles Kennedy & The Conspirators
Após a rápida troca de palco, e dentro do horário divulgado, o que voltamos a lembrar, salvo algumas exceções todo show tem começado no horário no Brasil, sobem ao palco Todd Kerns no baixo, Brent Fitz na bateria , Frank Sidoris na guitarra além claro de Slash na Guitarra e Milles Kennedy nos vocais, e o legal foi que todos entraram juntos no palco, sendo Slash com sua guitarra tradicional e cartola o primeiro a ser visto e Milles por último,e começam com a faixa You’re a lie já a mil por hora, com os riffs extremamente perfeitos de Slash, a sequência veio a primeira do Guns , e verdade seja dita, muito queriam escutar o Riff pelo original que a gravou no caso slash, e assim veio Nightrain, onde a letra para quem desconhece é referente a um vinho barato vendido nos Estados Unidos e America Central, bem ruim por sinal, e como interessante ver Slash solando numa parte mais alta do palco que era dividido ora por Milles ora por Slash que dava muito destaque ao músico que ali estivesse posicionado.
Vale destacar ainda na segunda música o quanto essa banda é voltada para shows, pois o posicionamento e movimentação de todos os músicos, soa surpreendente e muito bem feito, agitando sempre, fazendo as “poses”como o hard rock sempre pede.
Milles vem no bom e velho português e cumprimenta a todos “E ai Galera…” e a frase foi a deixa para termos o Riff da terceira música, Avalon, e nesta faixa o vocalista desce até a parte onde é destinada a pessoas que queiram assistir o show e possuam alguma deficiência física numa atitude belíssima do cantor, que no Espaço das Américas se localiza na parte esquerda do palco.
Todos agitando e Milles se posicionando ao centro e assim veio as faixas, Ghost e Back from Cali. O vocalista elogia a plateia e relembra de como é bom estar de volta aqui e o dedilhado de Slash na intro de Shadow life teve uma boa reação da galera, já que também com um disco espetacular como o Worlds on Fire que a banda vem divulgando só poderíamos ter isso, e um destaque na banda é que eles usam o símbolo do “maldito” Smile que representava a dance music nos anos 90 e isso era percebido pela plateia que sempre que filmava o smile alguém da plateia acabava rindo provavelmente lembrando do sentimento de “radicalismo” do passado .
A intro de bateria de You could be mine foi a grande surpresa do set, já que não esperava essa música no set, porém achei que a música se encaixou muito bem na voz de Milles Kennedy e com a galera cantando o refrão e o Riff marcante de Slash, tínhamos realmente um bom revival de quando executaram a faixa pela primeira vez no Estádio do Maracanã no Rock in Rio em 1991.
Milles deixa o palco momentaneamente e quem assumi os vocais é o baixista Todd Kerns cantando a faixa Docltor Alibi e depois um clássico da música mundial, que foi trilha sonora de um dos filmes da saga de Dirty Harry, que no Brasil se chamou Dirty Harry na lista negra, e a reação da plateia não poderia ser melhor, mas uma coisa que sempre reparo em qualquer versão desta música, não vejo ninguém fazer a parte de bateria tão perfeita como fez Steve Adler na época que esteve na banda, sempre acho a bateria muito diferente das versões originais, (Vejam a versão no show do Ritz e comentem se concordam ou não com minha opinião) .
O baixista Todd agitou muito sempre jogando as palhetas enquanto tocava, e após esse hino, Slash apresenta o baixista e manda em nossos ouvidos uma das minhas preferidas de sua nfase pós Guns com Starlight numa belíssima versão da balada e ali Slash realmente mostrou todo seu feeling, tocando muito (Embora isso tenha sido no show inteiro), sendo extremamente aplaudida. Milles agradece ao público e anuncia mais uma do novo CD com a música The dissident.
Beneath The Savage Sun teve seu encanto no show claro, mas quando se é seguida de outro hino do Guns com Rocket Queen reacendeu bem a galera que tinha ficado um pouco fria nas duas músicas anteriores, e foi interessante ver Milles chamando a galera para participar dizendo sempre “I can hear you”para que todos gritassem mais alto, e no meio da faixa tivemos um baita solo de Slash onde ele mostrou mais do que aquilo que sabemos que ele sabe, provando que grandes guitarristas não precisam soltar mil notas por segundo, e Slash esbanjou blues, Riffs, solos, fazendo um solo perfeito de como sim um guitarrista de Rock deve se comportar num palco.
Com todos de volta ao palco tivemos Bent to Fly e a faixa que abre e da nome ao novo disco World On Fire num rockão para ninguém botar defeito, e uma parte ingressada que alguém com nome Jéssica levantou um cartaz dizendo que era seu aniversário e foi cumprimentada pelos músicos.
Anastasia serviu praticamente de intro para o Riff compost por Slash e que explodiu sua ex banda sendo essa ainda o maior hit e Sweet Child O’ Mine sendo tocada perfeitamente por quem a registrou é algo realmente difícil de tirar da mente.
A última canção antes do bis foi Slither de sua banda Velvet Reolver que Slash deixou no Set por último mas não antes de destacar e apresentar toda sua banda em especial a Milles “Fucking” Kennedy e assim terminou a primeira parte do show.
O bis veio rápido e mais que previsto com a participação de Gilby Clarke tivemos Paradise City que encerrou uma excelente apresentação que só nos faz concluir que a cada dia e a cada apresentação, o sonho de ter o Guns clássico vai ficando cada vez mais longe.
Um detalhe a se pensar é que para shows principalmente de domingo, poderia se antecipar um pouco os mesmos, algo em torno de uma hora, pois eles tem se encerrado muito próximo ao horário de fechamento de Metro/CPTM o que causa um certo desconforto a quem precise do mesmo para voltar em segurança a suas residências.
Setlist:
You’re a Lie
Nightrain
Avalon
Ghost
Back From Cali
Wicked Stone
Shadow Life
You Could Be Mine
Doctor Alibi
Welcome To The Jungle
Starlight
The Dissident
Beneath The Savage Sun
Rocket Queen
Bent to Fly
World On Fire
Anastasia
Sweet Child O’ Mine
Slither
Paradise City
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Tags: Gilby Clarke • Milles Kennedy • slash
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