Solid Rock @ Allianz Park – São Paulo/SP (10/11/2018)
Postado em 17/11/2018


Um Festival que tem que se firmar no Brasil…

E lá estamos nós falando da segunda edição do Solid Rock, evento dedicado ao Rock, promovido pela T4F que se em ambas as edições não foi o “sucesso de vendas”, e aqui poderíamos tecer várias teorias, mas isso não cabe a nós e sim falarmos de outro grande evento, que se o público não compareceu como deveria, os shows desse ano, provaram toda a força que o Rock faz com uma platéia gigantesca com shows com muito o que falar.

Assim como na primeira edição, o público chegou cedo, e os vários totens dos patrocinadores com brindes e todos os etc… possíveis, que ganhávamos fotos, palhetas, sustos de zumbi e outras coisas mais, além daqueles copos, que quando bebemos cerveja fica aquela gosto de plástico desgraçado na boca mas a gente compra por 20 conto para colecionar mesmo, e tem pessoas que fazem até jogos de 4, 6 ou 12 copos, sem contar do merchandising das bandas que esse ano mesmo com o preço salgados das camisas vendeu praticamente tudo.

O acesso ao Allainz Park sempre é fácil seja para quem for de carro, transporte público ou de excursões que vem de todo o país, e desde as aberturas dos portões já tínhamos um número considerado de público, e isso só agitou ainda mais, afinal as 18 horas tivemos o inicio do Festival conforme cronograma anunciado pela produtora.

Black Star Riders

A o Rock setentista que transformou o Rock no que é hoje… e um desses pilares chamava Thin Lizzy, que inclusive a banda tentou uma volta com esse nome, mas devido aos mimizentos a banda mudou o nome para Black Star Riders, e não é que a engrenagem funcionou e tudo ficou melhor do que se esperava.

A banda tem álbuns viscerais, e levou uma legião de fãs no comecinho da apresentação já a esgotar o material que era vendido na “lujinha” e a banda já surpreende na entrada coma visceral, “Bloodshot” e o que víamos era o Rock’n’Roll sujo e rasgado na sua mais perfeita definição.

Aquele som de pegar uma moto, uma estrada, uma companhia e uma bebida na mão sentindo o vento no rosto, e a trilha sonora perfeita para essa viagem, ” All Hell breaks loose” um dos primeiros porque não dizer clássicos da banda, e muita gente já cantava junto o refrão, e ai a homenagem a banda que fezz tudo acontecer, “Jailbreak” do Thin Lizzy, chacoalha o Allianz Park pela primeira vez no ainda dia devido ao horário de verão.

As vezes não gostamos de uma formação ou outra de banda, mas ver membros do Thin Lizzy e tocando muito e mostrando aos mais jovens de como ser um rockeiro raiz, como dizem hoje em dia, faz pensar, “os tempos passaram mas a chama ainda arde.. “, e que rock tínhamos no palco.

A formação era perfeita, e tínhamos Robbie Crane  que já passou pelo Ratt, Tuff e Vince Neil Band, era uma atração a parte ou por que não dizer de Ricky Warwick, ex vocal do The Almighty , e tem uma excelente presença de palco, chamando todos a agitarem, e que bom que pensava, que pouca gente os conhecia, a reação não poderia ter sido melhor, e baitas músicas como “Killer Instict” , “Heavy Fire” ou “before the awr” mostrava a banda em todas as fasesdesses poucos anos de carreira.

“The Boys Are Back in Town”, símbolo do Thin Lizzy, tocada perfeitamente, e como a voz de Rick lembrou do saudoso Phil Lynnot e isso só engrandecia ainda mais esse maravilhoso rolê. Que show os caras fazem, e como passou rápido e quando anunciaram “Bound for Glory” como última, eu olhei no relógio e quase 40 minutos já tinham se passado.

Ao invés de se prender em bandas no passado, procure algumas novas, e ainda algumas fazem com aquela sonoridade que você gosta e nessa linha o Black Star Riders cai muito bem com excelentes álbuns sempre sendo lançado. Agora espera a promesssa da banda e que venham em um show solo aqui no Brasil.

Intro
Bloodshot
All Hell Breaks Loose
Jailbreak
The Killer Instinct
Heavy Fire
Before the War
When the Night Comes In
The Boys Are Back in Town
Kingdom of the Lost
Bound for Glory

Alice in Chains

Antes de falarmos do show, ta ai uma banda que venceu muita coisa na carreira, seja por terem começado no grunge, e assim como eu muita gente que começou a escutar música nos anos 80, o grunge dos anos 90, mesmo tendo todos seus méritos, de uma bela matada no que tava sendo feito no Rock na década anterior e muitos tem um pé atrás contra o grunge.

A base do Alice in Chains e do Grunge, tem muito do Black Sabbath, e aqueles Riffs pesado, rasgado de Iommi, podem ser utilizados de outra maneira e não há bandas que fazem melhor isso que o Alice in Chains. e como não começar já com uma baita música dessa nova fase, “Check my Brain”.

William DuVall se encaixou perfeitamente na banda, já esteve pelo Brasil em outras ocasiões, e é sim uma vocalista de primeira linha, e em nenhum momento ele imita seu antecessor, Layne Staley , e a banda já manda na sequencia”Again”, e ai a banda já mostrou ao que veio e a platéia também.

Uma grande parte do Estádio estava ali pelo AIC e o que queriam ouvir, os clássicos da “era Layne”, já que a reação com as novas músicas eram bem diferentes da fase nova escrevamos assim, e isso prevaleceu por todo o show. a sensação era estranha, em clássico como “Then Bones”, a galera, pulava, cantava, filmava e em outras da fase nova, o desinteresse era nítido, embora muitos ali sim e isso deve ser citado acompanham a banda e cantavam as faixas mesmo as do novo disco Rainier Fog.

A banda não tem a mesma movimentação de palco do que a banda anterior, mas aquilo ali era a concepção perfeita do Grunge em sua forma perfeita,Jerry Cantrell, é uma referência na guitarra, pode não gostar do grunge, de qualquer coisa, agora dizer que ele não toca soa a aberração, o timbre, sua maneira de tocar é muito própria, e quando ele começou com os acordes de “We die Young”, mano do céu, ali o bicho pegou, uma das mais tensas e pesadas da banda, foi foda.. e a partir dali a maioria clássicos incondicionais da banda..

“Angry Chais”, outra “patada no pé das zoreia” e ali víamos como a banda sobreviveu mesmo com a morte de um vocalista tão marcantes, pois no meio de dois clássicos ele conseguia inserir, músicas mais novas como “Stone” e o clima não se esfriava, muito pela contrario, eles conseguiam segurar a empolgação da platéia nessa fase final da apresentação.

Lembra aquela clássico “Man in the Box”, então, veio depois com um estádio pulando curtindo o maior hit da banda, e que versão privilegiada tivemos, fodástica, usando um termo bem pertinente ao nosso site. “The One You Know”, veio depois para aquela paradinha respirada, e termos um Bis devastador.

O bis, veio que o emblemática “Would” e “Rooster” para então serem totalmente ovacionados, por uma plateia que estava sedenta por um show deles, e como é bom termos essa oportunidade até de ter essas grandes bandas em estádios tocando para mais de 20 mil pessoas. Sem dúvida um dos melhores shows da banda aqui no Brasil!!!

Check My BrainAgain
Never Fade
Them Bones
Dam That River
Hollow
Down in a Hole
No Excuses
We Die Young
Stone
Angry Chair
Man in the Box
The One You Know
Would?
Rooster

Judas Priest

A a hora estava chegando desde o lançamento do “Firepower” eu esperava essa Tour por aqui. e quando o pano desceu com o simbolo do do Judas ,”… puta que pariu, que ansiedade do caralho” e ao ouvir “War Pigs“, já sabia que meus meses de espera estavam se encerrando e como em um toque de mágica, já começamos com a faixa título do novo CD e tudo começava da melhor maneira possível.

O set era mais que esperado, talvez todas as frases também, que tudo seja previamente ensaiado, mas tudo ali era perfeito, e quando temos Rob Halford fala “The Priest is back”, porra é perfeito, ou o que dizer de uma seuência com “Grinder”, “Sinner” e “The Ripper” na sequência, a mágica estava feita.

No palco, gigantes como pouco, e para aqueles veios reclamão, sejam de idade , de alma ou de ambos, se surpreenderam com a ação de Andy SneapRichie Faulkner, ambos foram disparados o destaque da noite, e com muita persoalidade, deixaram o estádio de queixo caído devido ao que os dois fazem no palco.

O Deus do Metal Rob Halford, dessa vez ficou mais dele, mas atrás no palco, mas cantando como nunca, e não importava a fase da banda, os vocais sempre estavam perfeitos, não importando claro se cantavam como ele gravou no disco. Uma faixa que gosto sempre de chamar a atenção é “Turbo Lover” que na época em 1986, onde o disco foi praticamente execrado, exceto a faixa “Private Property” “Out in the Could” que sempre teve mais pelo junto aos fãs, vide suas versões no CD “Priest Live de 1988”.

Aquele cover tradicional do Fletwood Mac, ” The great Manalishi ” perfeito, era aquele nocaute que o boxer vai ganhando aos poucos e só derruba no final, no último roud, era o que eu pensava, porém a primeira queda veio com a confirmação nos primeiros riffs e finalmente tinhamos sendo tocado no Brasil a primeira que escutei dos caras e virou minha cabeça de ponta cabeça..”Freewheel Burning” inesquecível e sensacional, e como eles sempre exaltam a velocidade e por todas as fotos em redes sociais já sabem que homenagearam Ayrton Senna.

Agora em diante só seria clássico, “You’ve Got Another Thing Comin'”, com aquela parte que ele pede para todos cantarem, beleza, tudo clichÊ, tudo brega, mas foda-se era o Judas ali no Palco onde sempre quis ver eles, no Estádio de São Paulo que sim simboliza o Rock, desde os anos 80, e cadê a motoca, finalmente tinha chegado a hora e todos fora do palco, ouvimos o barulho característico  e Rob entra com a tradicional Harley para cantar de cima da motoca, “Hell Bent for Leather”,  e que foda, ver tudo aquilo, e um estádio completamente hipnotizado.

todos saem do palco ficando apenas Scott Travis e pergunta ” o que vocês querem ouvir”, todos respondem ” “painkiller”, ele brinca ” a bateria fica aqui atrás então mais alto, , e aos gritos de “painkiller, “painkiller” a intro da poderosa bateria começa e o final apoteótico da primeira parte do show.

O bis veio rapidamente, com “The Hellion/Eletric Eye” e as mega clássicas “Breaking The Law” e “Living after Midnight” e ai sim nocauteando qualquer fã de goste um pouquinho de Judas, pois os mais aficionados já estavam há muito tempo.

E a saída deles do palco com “we are the Champions” do Queen, onde certamente o Judas fez um dos grandes shows do ano, ou celebrando o local que certamente o dono do estádio será campeão esse ano e pode ter sido a homenagem ao local anfitrião do Solid Rock.

Espero realmente que o Solid Rock, não se perca devido ao público nos dois anos e que esse evento se consolide, assim como o Maximus volte, pois são festivais distintos e com certeza cabem muito bem na cidade de São Paulo onde respiramos e queremos que o Metal sempre esteja.

Firepower Intro
Firepower
Running Wild
Grinder
Sinner
The Ripper
Lightning Strike
Desert Plains
No Surrender
Turbo Lover
The Green Manalishi (With the Two Prong Crown)
Night Comes Down
Guardians
Rising From Ruins
Freewheel Burning
You’ve Got Another Thing Comin’
Hell Bent for Leather
Painkiller
Encore:
The Hellion
Electric Eye
Breaking the Law
Living After Midnight
We Are the Champions
(Queen song)

Só temos a dizer, OBRIGADO, OBRIGADO, OBRIGADO!!!!

 

Notícia mais recente: «
Notícia mais antiga: »


TOP