Com um  Tropical Butantã completamente lotado, o local recebeu dois Shows de fazer História na cidade de São Paulo,  a banda SOTO e do The Winery Dogs fizeram a alegria dos amantes do bom e velho hard rock que mantém um público grande e fiel mesmo para uma quarta feira de frio e chuva na noite paulistana.

Texto: Caio Maranho
Fotos: Marcos Cesar “Bullino”

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Programado para iniciar as 20:00h, a banda SOTO começou pontualmente o show, causando enormes problemas, pois o público ainda em sua maioria não havia entrado no local, sendo que alguns presentes relataram que só conseguiram adentrar ao local com trinta minutos de show iniciado, o que decepcionou um pouco algumas pessoas que ainda estavam na fila para assistir o músico que não tocava no Brasil há 3 anos.

Com relação a apresentação do Soto, dando prioridade ao ultimo disco Divak, lançado recentemente em 2016 com os brasileiros BJ na guitarra e teclado, Edu Cominato na Bateria, o excelentíssimo guitarrista Jorge Salan (Ex- Mago de Oz) e o baixista David Z, além é claro de Jeff Scott Soto nos vocais.

Quem já foi a algum show que tenha Jeff Scott Soto como frontman sabe da qualidade dele em cima dos palcos, ali é seu território habitat natural e que show, a banda Soto ganhou uma Sonoridade mais pesada em relação a seus trabalhos solos, mas nem por isso perdem técnica ou qualidade, a banda é sincronizadíssima e agita muito seja pelo virtuosismo de Jorge Salan. Pelas bases harmoniosas de BJ ou a cozinha perfeita de David Z e Edu Cominato, o que no palco virá um show de encher os olhos.

Jeff lembrou que se sente em casa no Brasil e que claro, como em toda sua passagem pelo Brasil ele não fica sem sua bebida preferida Caipiroska,, dedicou a faixa “When I’m Older“ a todos, por a música se tratar de família porém o caldo encostou já pro final quando começaram os grandes sucessos do cantor, como em” I’ll be waiting”, gravado por ele na banda Talisman quando pediu ajuda da plateia, desceu e circulou pela parte da pista Vip chegando até a Pista.

Para os fãs da época do Yngwie Malsmsteen’s Rising Force, (que infelizmente teve o show adiado) tivemos duas do magnífico álbum com “I am a Viking” e “I’ll see the light tonight”. O tradicional medley com todos da banda participando também é sempre característico e muito bom de se assistir e a finalização magistral com a faixa “Stand up” do filme Rock Star  que ainda teve todos da banda cantando em capela o sucesso do Steel Panther “Comunity Priority” encerrando de forma magistral sendo ovacionados na saída.

1. Divak
2. Freakshow
3. Wrath
4. Weight of the World
5. Final Say
6. The Fall
7. Cyber Masquerade
8. When I’m Older
9. Suckerpunch
10. Fall From Grace
11. Break
12. Unblame
13. Tears in the Sky
14. I’ll Be Waiting
15. I Am a Viking / I’ll See the Light Tonight
16. We’re Not Gonna Take It / I Love It Loud / Don’t Stop Believin’ / We Will Rock You
17. Stand Up
18. Community Property

As 21:30 pontualmente o The Winery Dogs, capitaneado pelos músicos Richie Kotzen (guitarra e vocais), Billy Sheehan (baixo) e Mike Portnoy (bateria), entrou no palco com a música “Oblivion” e a música “Capitain Love”, com um belo solo de Billy Sheehan e Richie Kotzen (que consegue tocar melodias elaboradas sem a utilização de palheta com uma facilidade impressionante), mostrando porque este dream team de músicos consegue fazer um hard rock contagiante, levantando o público em quase todos os momentos, fazendo toda a história que os músicos possuem seja canalizada a favor da música que tocam.

Em seguida a banda apresentou músicas do seu mais recente disco Hot Streak  como por exemplo “We Are One” e a própria faixa título do álbum “Hot Streak“, cheia de groove tocado precisamente e com suingue e intensidade pelo Mike Portnoy, mostrando um lado pouco visto no virtuosismo acelerado do Dream Theater, sua antiga banda e um incrível solo de Billy Sheehan, groovado na medida certa, que arrancou aplausos do público. Em seguida foi tocada as músicas “How Long”, a pesada e cadenciada “Time Machine”, com um solo rápido e agressivo de Ritchie Kotzen, Empire, musica movida pela cozinha Sheehan/Portnoy (animando a platéia com o uso de um cowbell no meio da música), e com um solo extraordinário de Kotzen. Apos um breve momento, Richie Kotzen pega o violão e toca “Save Me“, cantada por todas as pessoas presentes no local, assim como “Fire“, o público foi junto, especialmente o refrão. Continuando a banda tocou a balada do primeiro disco “Think It Over“, em que o vocalista assumiu os teclados, sendo um dos destaques do show.

Após o solo de bateria de Portnoy, em que nada foi perdoado e tudo foi utilizado para produzir sons percussivos no solo (com o baterista saindo do local do seu kit e batucando em caixas de som, palco, pedestal de microfone), voltando para sua bateria e finalizando seu solo e agradando o público, em seguida foi tocado “The Other Side” e após a música um impressionante solo de Billy Sheehan, utilizando em seu solo a famosa técnica de tapping popularizada por Eddie Van Halen, porém com Billy no baixo foi levada a um novo patamar, em que não parecia haver limites para a criatividade do músico, deixando a platéia boquiaberta.

Retomando para a parte final do show foram tocadas as musicas “Ghost in Town“, “I’m no Angel“, “Elevate” (cantada por todos da platéia do , sendo esse o grande hit da banda e no bis foram tocadas as musicas “Regret” e “Desire“, agradando toda a platéia presente com um show praticamente impecável, uma aula de hard rock para a nova geração.

Setlist:

1. Oblivion
2. Capitain Love
3. Hot Streak
4. How Long
5. Time Machine
6. Save Me
7. Fire
8. Think it Over
9. Solo bateria
10. The Other Side
11. Solo baixo
12. Ghost in Town
13. I’m no Angel
14. Elevate
15. Regret
16. Desire