Testament @ Carioca Club – São Paulo/SP (19/08/2017)
Postado em 24/08/2017


Clássico é Clássico é vice versa.

Muito se fala hoje em dia de procurarmos sons novos, de buscar novas bandas, de descobrir novos sons e todas aquelas frases feitas de cena e apoio a música e bandas novas, mas daí uma lenda do Thrash Metal, talvez a mais técnica do estilo marca um show no Brasil, com shows em São Paulo e no Rio de Janeiro, e praticamente ambos os shows com Sold out, divulgando o novo álbum Brotherhood of the Snake, e o que tivemos no Carioca Club em São Paulo foi absurdamente algo que não é desse mundo não…

Antes de Falar da atração principal vale destacar a banda de abertura,  o Circle of Infinity, banda do interior de São Paulo, formada por Edson Moraes, vocais e guitarra, Allan Farias, Guitarra solo, Celso Fernandes, Baixo e Alexandre Bento na bateria tiveram a difícil posição de aquecer a galera e tentar diminuir a ansiedade de esperar a banda principal e o fundamental que é deixar uma boa impressão ao público de seu próprio trabalho.

A banda começou de certa forma, bem nervosa, o que penso ser um pouco natural, até por pensar ser a primeira vez que tocavam na capital paulista, mas o fundamental foi que aos poucos a banda foi executando seu Death Metal, e tendo uma excelente receptividade da plateia e conforme a banda ia se soltando claramente ganhava mais a atenção de todos. O grande destaque foi sem dúvida uma espécie de Tributo que fizeram ao Death, na faixa “Zoombie ritual” .

A apresentação serviu com um excelente cartão de apresentação da banda, o que sinto é que particularmente não vi uma loja de produtos da banda com eles participando depois do show que certamente poderia ter trazido um retorno mais positivo para a banda, e pelo menos não vi a loja nem os membros da banda durante o show do Testament, mas certamente ouviremos falar mais da banda e outras participações em grandes shows certamente eles marcarão presença.

Circle therapy

Headbanger

Wake up and fight

Dark souls

Zoombie ritual (tributo Death )

Rise to honor

The end of the way

Hora da devastação, rapidamente com a troca de palco e lá vem os monstros do Bay Area, e uma das bandas da lendária gravadora Megaforce, sobem ao palco e já envia a porrada “Brotherhood of the Snake”, na cara de todos, Chuck Billy sendo o último a entrer e ficando mais a frente da bateria com seu clássico semi pedestal digamos assim,  “More Than Meets the Eye” e “Rise Up” onde já destaco aqui todos cantandos as músicas principalmente no refrão desta última citada, e ali estava claro, a noite seria mais que especial.

A recepção a banda foi espetacular, e como melhorar isso, o carismático Chuck billy sabe bem e lembra que a cidade de São Paulo é um dos lugares mais especiais ao Testamet, e isso desde a primeira passagem da banda por São Paulo, onde repetiu isso várias vezes durante a apresentação.

A pancadaria continuou moendo todos ali no Carioca Club, e que energia boa rolava, com mosh pit, moendo, galera curtindo e o principal todos se respeitando e se divertindo, e lá vieram The “Pale King” e “Centuries of Suffering” e depois teríamos o verdadeiro encontro de coca cola com o mentos nas clássicas “Electric Crown” e “Into The Pit”, onde em uma pequena pausa para respiro, alguns de nós jornalistas juntos e até alguns músicos como o excelente batera do Atthracta Humberto Zambrim, só comentávamos, “Caralho, que show

Uma das músicas que mais aguardei para ouvir ao vivo, desde minha adoslecencia, quando lançarão o álbum veio depois,  “Practice What you Preach” seguida por “The New Order” se não foiram executadas a perfeição como no clássicos plays do final dos anos 80, “foda-se, todos cantavam juntos e eu parecia aquele jovem, vendo uma lenda destruindo e fazendo exatamente tudo aquilo que espera que uma banda de metal, faça em um palco”.

Analisando a banda Chuck Billy preciso, os guitarristas, Eric Peterson e Alex Skolnick técnicos, perfeitos e exemplares em uma banda de Thrash metal que sempre se propuseram a ser mais técnicos, Steve Di Giorgio o monstro de sempre, debulha em seu instrumento sendo a referência que é e Gene Hoglan na bateria, mantém o ritmo e peso certo que dá o tom diferencial que o Testament possui.

Faltava clássicos, claro que sim, afinal se tocasse todos quanto tempo teríamos de show, mas alguns estavam mais para o final do set como os hinos “Souls of Black” e “Over the Wall”, e representando toda sua carreira a inclusão destes para o final soou perfeito. Chuck pede a todos que fazem o sinal do Metal imortalizado por Dio, o “Horns up” e fala sobre a União do Metal, em um discurso perfeita para quem vive e curte o estilo e tiveram assim a faixa “Alone in the Dark.”. Perfeita!!!

Não tivemos um bis como de costume e a banda rapidamente já emenda um dos clássicos de sua carreira para deixar todos com aquela sensação de quero mais, e a escolhida foi “Disciples of the Watch”, com todos cantando “Obey” durante o refrão, onde a banda agradece a todos com um sorriso sincero deixando claro que o São Paulo ser especial para a banda é um sentimento verdadeiro e não palavras jogadas a plateia.

Que produção, que som, que banda, que show, uma noite histórico e segundo vários depoimentos o melhor show do Testament no Brasil onde muitos diziam ter sido superior quando tocaram juntos com o Anthrax anos atrás, e quem ganha com isso são todos, pois noites assim fazem a chama do Heavy Metal se manter acesa, e fazer com a nossa curiosidade de bandas novas aflore e partir de bandas clássicas e lendárias como o Tetament , influencie bandas novas que tenham o mesmo sucesso e representatividade no estilo e que o Metal sempre fique forte como deve ser.

Testament, um dos candidatos a show do Ano. Que ano maravilhoso para o Metal no Brasil.

Brotherhood of the Snake
More Than Meets the Eye
Rise Up
The Pale King
Centuries of Suffering
Electric Crown
Into the Pit
Stronghold
Low
Practice What You Preach
The New Order
Urotsukidôji
Souls of Black
Over the Wall
Alone in the Dark
Disciples of the Watch

 

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