Texto – Lucas Amorim

Foto – Lucas Amorim

 

Os alemães do The Ocean Collective se apresentaram no último dia 28 de dezembro, no Carioca Club Pinheiros em São Paulo, Zona Oeste da Capital, em uma única apresentação no país, a Banda foi formada em Berlim, Alemanha, pelo guitarrista e compositor Robin Staps, que hoje é o único membro original remanescente, mas, apesar de acumular muitas mudanças de formação, o The Ocean, continua com a característica de nunca perder em termos de qualidade sonora, o que ficou claro para os presentes que compareceram ao belo espetáculo entregue na noite.

O show teve início por volta das 21:00 e com casa vazia infelizmente, sabemos que a data e a época do ano influenciam na lotação do espetáculo, e esse período de férias e Cidade mais vazia ajudaram a dar uma esfriada no público pagante, porém sabemos muito bem que a produtora não tem culpa das datas que a Banda disponibiliza, e essa combinação de fatores, foge do controle administrativo de um produtor que nada pode fazer, a não ser aceitar ou recusar o evento.

Mas tirando essas questões, vamos ao que interessa, o show, que é de uma competência, qualidade e sonoridade absurda, eu fico realmente boquiaberto, pois ao vivo a banda consegue tranquilamente em minutos transitar entre o peso,Post-Metal, Post-Rock, Modern Metal, Progressive e Atmospheric Sludge, sem falar nas alternâncias de vocais limpos e agonizantes do ótimo Loïc Rossetti, o cara se supera, além de ter uma presença de palco muito boa, que prende a galera do início ao fim.

A banda ao vivo continua divulgando seu mais recente, álbum, o ótimo “Phanerozoic II: Mesozoic/Cenozoic” (2020), que se trata de uma segunda parte de uma série de álbuns conceituais que exploram a paleontologia em expansão, sendo a primeira parte “Phanerozoic I, lançada em 2018 que foi um grande sucesso com público e crítica também, então segundo a lógica desta turnê turnê de divulgação, tivemos ao vivo muitas música experimentais com passagens mais longas, mas não pré julgue dizendo que é chato, pois a banda não se repete, cada passagem tem seu peso, sua melodia e se encaixando perfeitamente, deixando a galera na pista totalmente hipnotizada.

Deixo aqui registrado um momento bem interessante que rolou durante o espetáculo, que foi quando a banda sobe um fã cadeirante que acompanhava o show lá embaixo para o palco, os caras colocam ele ali no cantinho e continuam a tocar, isso arrancou muitos aplausos da galera que viram a felicidade do fã ao subir no palco e acompanhar o show vendo tudo ainda de mais perto. Bela atitude dos caras, e mais um ponto para a banda por esse ato que deixou esse fã nas nuvens com toda certeza.

Em resumo um grande show para fechar essa maratona de 2022 com muita qualidade, e com toda certeza Loïc Rossetti (vocal), Paul Seidel (bateria), Mattias Hagerstrand (baixo), David Ramis Âhfeldt (guitarra) e Peter Voigtmann (teclado) arrasaram e fizeram um show matador cheio de elementos novos, ousados, e passagens maravilhosas que te fazem suspirar fundo e que destacam a banda e comprovam porque muitos colocam o The Ocean como uma das banda mais originais da atualidade, valeu demais e ano que vem tem mais show bom pra gente cobrir…agradecimentos a Darkrimensions pelo credenciamento.