Tivemos a honra de conversar com Mathias Nygård, vocalista e mentor do TURISAS. Como é a primeira vez que falamos com a banda, nossa entrevista relembra o começo da carreira e passa por diversos momentos, incluindo a passagem da banda pelo Brasil. Mathias fala também sobre os planos para o futuro e sobre a expectativa de tocar em terras Brasileiras de novo.
A Ilha do Metal: Como esta é a primeira pergunta da primeira entrevista com o TURISAS eu gostaria de saber sobre os primeiros dias, como vocês começaram a banda e como escolheram o nome?
Mathias Nygård: Eu formei a banda em 1997 com o Jussi. No começo nós não tínhamos metas, nosso maior sonho era lançar uma demo algum dia. Nós começamos quase do zero, os primeiros anos foram muitos devagar e haviam coisas como o serviço militar, etc, mas assim que nós cumprimos nosso dever, nós conseguimos um contrato com a Century Media e lançamos nosso álbum de estréia, “Battle Metal”, em 2004. Estivemos com a Century Media por toda nossa carreira.
Turisas é mencionado na mitologia Finlandesa como um deus da guerra em algumas fontes antigas. Não há muito conhecimento sobre isso, mas provavelmente se remete ao mesmo Turisas e ao Iku-Turso que são misticos monstros marinhos na mitologia finlandesa. Quanto ao nosso Battle Metal (som formado bem no começo da banda), nomear a banda a um Deus da Guerra pareceu encaixar perfeitamente. Nós também queríamos um nome que não significasse nada em inglês e fosse único.
A Ilha do Metal: Na minha opinião, eu acho que vocês são uma banda de “Folk Metal” e este estilo trás um novo jeito para o metal. Você concorda com o que digo e o que você acha que fez o “Folk Metal” tornar-se tão especial?
Mathias: Eu acho que “folk metal” é um termo muito corrompido, mas já que ele começou a significar alguma coisa para as pessoas eu concordo com isso. Não é como se o Gothic metal tenha alguma coisa a ver com os Goths também. Música folk nunca foi nossa principal influência mas é UMA influência en outras tantas, então não foge muito disso.
A Ilha do Metal: Todo mundo diz que os shows do Turisas são fantásticos. O que você faz para que seu show não seja igual aos de outras bandas? Como a banda prepara a turnê ou um show especial?
Mathias: Nós temos uma grande moral quando falamos sobre apresentações ao vivo e sempre queremos apresentar o melhor show possível. Claro que nós trabalhamos duro na parte de tocar, mas nós também gastamos muito tempo trabalhando na nossa performance. Na verdade mais tempo é gasto trabalhando na performance do que na parte de tocar… bem, se você é um músico profissional esse tipo de coisa sai sozinho. Eu acho que interagimos bem com a platéia e tentamos evitar que os shows se tornem uma rotina, por exemplo, nós mudamos o set list dependendo do humor que estamos no dia. Então sempre é uma coisa espontânea. Eu acho que a platéia pode apreciar isso e também ver que nós realmente gostamos de estar no palco. (NOTA: na última passagem da banda pelo Brasil, no show em São Paulo, a banda levou o setlist anotado em uma caixa de cereal)
A Ilha do Metal: O que podemos esperar do Turisas no futuro?
Mathias: Nós estamos começando a trabalhar em um novo álbum, mas ainda está nos primeiros passos. Eu acho que o próximo álbum será o mais ambicioso que já fizemos, então definitivamente precisará de um longo tempo para que saia certo. Não sentimos que estamos com pressa, nós apenas queremos fazer o melhor álbum possível agora.
A Ilha do Metal: Nos dias de hoje a internet tornou-se uma ferramenta para divulgar as bandas, mas também prejudica por causa do Downloads ilegais , como vocês trabalham com a Internet?
Mathias: Nós, claro, temos uma presença nas redes sociais e os fãs podem seguir os perfis do músicos no Facebook e Twitter. Nós não somos uma daquelas bandas super ativas online, mas não acho que somos umas das piores também.
É verdade que a internet quase matou a ideia de copyright, já que ninguém parece se preocupar muito com isso. É algo triste, pois não ser capaz de controlar seu trabalho criativo significa que todo orçamento de produção vá diminuindo. E isso faz com que seja difícil criar algo no nível que queremos. Mas claro que novas oportunidades apareceram e estou esperançoso de que, cedo ou tarde, a industria musical vá encontrar um modelo de trabalho que funcione para todo mundo. Eu não vejo mudança como algo ruim, apenas o quão mal o mercado reage a isso.
A Ilha do Metal: Está não é a primeira vez da banda no Brasil. O que você se lembra no nosso país? E você conhece alguma banda brasileira?
Mathias: Eu me lembro do museu do Oscar Niemeyer em Curitiba e das Caipirinhas em São Paulo. Nós não tivemos muito tempo na nossa última visita. Os shows foram fantásticos e nós realmente estamos animados para voltar e tocar para uma das melhores plateias do mundo.
Bandas brasileiras… bem, o Sepultura significou muito para mim quando estava crescendo. Eu também conheço bandas como o Angra e Krisiun, mas não sou muito familiarizado com as músicas deles.
A Ilha do Metal: Nós da Améria do Sul sempre esperamos que alguma coisa especial aconteça nos shows por aqui, então vocês planejaram alguma coisa ou será o mesmo set dos shows da Europa?
Mathias: Nós não sabemos qual será o set ainda. Nós sempre decidimos isso antes de entrar no palco. Então cada show no Brasil pode ser diferente! Mas nós olhamos as músicas que tocamos da última vez e definitivamente terá um monte de músicas que nós não tocamos antes. E uma surpresa não é mais uma surpresa se eu falar para você o que é!
A Ilha do Metal: Obrigado pela entrevista e por favor deixe uma mensagem para os fãs:
Mathias: Hey Brasil! Nós estamos muito animados para voltar a São Paulo e Curitiba, e nós vamos tocar em um lugar que nunca tocamos antes, Rio de Janeiro! Os shows serão fantásticos então certifique-se de comprar seus ingressos agora e nos vemos em breve! Obrigado
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