Uli Jon Roth @ Teatro Rival Petrobras – Rio de Janeiro/RJ
Postado em 28/09/2018


Uli Jon Roth faz grande apresentação tocando clássicos de sua ex-banda

Por Luis Carlos

Fotos por Luciana Pires

Se eu pudesse traduzir esse show em uma única palavra eu diria: Perfeito.

Pode parecer exagero da minha parte e até mesmo para quem também estava lá em achar isso, mas foi o que eu senti em toda apresentação de um guitarrista que eu considero um dos grandes gênios do instrumento, não só a de um cara que tocou no Scorpions. Como disse um amigo: “O Jimi Hendrix branco”. E olhe que eu ainda considero ele subestimado por uma nova geração que aprendeu a achar que qualquer “firulento” do instrumento é genial, típico dessas bandas horrorosas de Prog Metal de hoje. Talvez isso se explique a baixa qualidade desses instrumentistas atuais ao fazerem músicas ruins, longas e tocadas para o próprio espelho, mas sem feeling algum.

E feeling Uli Roth tem de sobra, e assim, construiu sua carreira desde seus tempos de Scorpions, banda que fez parte na década de 70 e gravou quatro discos: “Fly to the Rainbow”, “In Trance”, “Virgin Killer” e “Taken by Force”. Não vou contar o clássico ao vivo “Tokyo Tapes” por ser um disco ao vivo. Aliás, Uli faz uma apresentação tocando músicas que o próprio Scorpions hoje não toca mais, já que o set é quase baseado nos seus grandes sucessos da década de 80 e 90. Nada contra, o Scorpions continua ótimo e o meu disco preferido é o “Blackout”, trabalho lançado em 82 e já com Matthias Jabs, que substitui Uli, na guitarra. Mas Uli é gênio, aliás, substituiu outro gênio, Michael Schenker, que foi para o UFO e só gravou o primeiro disco “Lonesome Crow”.

Mas chega de história, vamos ao show, que além do já citado feeling do genial guitarrista, inclusive para dedicar uma música ao seu irmão “Zeno”, falecido em fevereiro desse ano. Uli Roth destilou velhos e excelentes clássicos do Scorpions no seu set e toca guitarra como se respirasse. Como era de se esperar, encantou todos os presentes que cantavam em alto e bom som cada canção tocada pela banda, um público aliás, que se fez com uma boa presença para um Rio de Janeiro chuvoso, e que esteve ali presente feliz e emocionado com a presença do artista. Falando da banda, a formação é excelente, e entre todos os bons músicos dela, cabe destacar o Guitarrista e Vocalista Niklas Turmann, Como esse cara canta! A banda se completa com o tecladista Corvin Bahn, o baixista Nico Deppisch e o baterista Richard Kirk.

“Catch your Train”, “Picture of Life”, “Dak Lady”, são canções de emocionar qualquer um que simplesmente ame a música pelo que ele representa, não precisa ne mser fã do Scorpions. Teve também “In Trance”, música que para mim é mais do que uma canção, mas, um hino do estilo. E “We´ll Burn the Sky” (música do disco “Taken by Force, último gravado com Uli no Scorpions. Desse disco ainda rolou “The Sails of Charon” com o público fazendo coro no refrão?

Inesquecível! Senti falta de mais músicas do Eletric Sun, projeto musical de Uli muito bacana, mas é bom dar um desconto também, já que seria impossível fazer um set maior e tendo que concorrer com músicas de sua antiga banda. Do Eletric rolou músicas como “Fire Wind” e “Just Another Rainbow”. Viagem total.

O set se encerrou com covers do seu ídolo Jimi Hendrix”, com “All Along the Watchtower” (Originalmente de Bob Dylan) e “Little Wings”.

Poderia enumerar mais músicas aqui, mas acredito ser desnecessário para quem curtiu o show como eu e pode contemplar a genialidade do guitarrista. Curti, me diverti demais e me emocionei como era de se esperar ao assistir uma lenda do Rock. Da outra vez que Uli tocou na minha cidade eu perdi o show e fiquei chateado demais, e não poderia perder por nada dessa vez. Quem ainda não foi, procura no youtube por algo e apareça no próximo. Bem, eu acredito que isso vá acontecer, ainda mais depois de ontem, com um Uli super animado com o evento, que por sinal, muito bem produzido pela Vega Concerts.

 

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