E temos mais uma prazerosa volta do Whitesnake ao Brasil com a “tour de hits” já presenteou os fãs brasileiros com 7 passagens solos por aqui (1985, 1997, 2005, 2008, 2011, 2013 e agora 2016) sendo a maioria em Festivais ou como co-hedlliner com o Judas Priest..
O Citibank Hall estava lotado com a primeira apresentação paulista (a banda também se apresentaria em SP no dia seguinte, 23/09/2016) e vale uma bela ressalva, também era aniversário de David Coverdale, e após os tradicionais avisos de segurança, comunicaram que depois da faixa “Here I Go Again” seria a hora de todos os presentes cantar o tradicional “parabéns para você” ao dono de uma das voz mais marcantes do Rock de todos os tempos!
A intro tradicional de show da “Cobra Branca” é a faixa “My Generation” do The Who, e lá estavam David Coverdale nos vocais com a sua clássica camisa branca que mistura nossa bandeira com o símbolo da banda, Reb Beach e Joel Hoekstra nas guitarras, Michael Devin no baixo, o parceiro de longa data, Tommy Aldridge na bateria e Michele Luppi nos teclados. Para abrir o show escolheram a clássica “Bad Boys” e de cara, Coverdale já soltava um dos seus tradicionais chavões: –“Are you ready!”.
Aqui vale um destaque para a velocidade e energia que a banda tem no palco, algo que você não vê em muitos garotões hoje em dia. Em seguida temos “Slide it In” da fase mais blues da banda, porém tocada ao estilo hard que a banda se consagrou no final dos anos 80 dando uma nova roupagem a ela.
“Love Ain’t No Stranger” foi à próxima do setlist que passeou por clássicos de toda carreira, e ela pode lembrar a maioria dos presentes pelo comercial de cigarros que circulava nos anos de 85’ na TV brasileira como trilha sonora.
Os sucessos se sucederam com “The Deeper the Love” e antes de “Fool for Your Loving“ outro chavão característico, com “This Song Is For u”, sucessos da época de ouro da banda que durou de 1987 até 1990. A primeira balada da banda “Ain’t No Love in the Heart of the City” veio com um medley da pesadíssima “Judgement Day”.
Neste momento começaria os solos, primeiro com Reb Beach e depois um excelente solo de Joel Hoekstra, que já mostrava qualidade desde seu tempo no Night Ranger quando dividia as seis cordas com Brad Gillis, e a sequência a mistura perfeito de peso e blues com “Slow an’ Easy” e tivemos ali o solo mais técnico do baixista Michael Devin.
Tudo seguia a fórmula do sucesso criada por David Coverdale e tivemos “Crying in the Rain” com direito ao solo de bateria com as mãos do fodástico Tommy Aldridge.
O chavão mais aguardado da noite “São Paulo I have a question… “Is this love”….?” e o pulso do baixo que caracteriza o maior sucesso comercial da banda, e que muitos ali cantavam em uníssono, aquela que já teria sido a trilha sonora em algo em um tapete felpudo com um bom vinho, quem sabe????
Após “Give Me All Your Love” tivemos a música considerada muito apaixonante quandos na verdade é mais para “fossa”, ou um “pé na bunda” com uma letra bem depressiva
Não tem nem como falar que ela é o descrito acima vide esse trecho:
“E aqui vou eu sozinho de novo / Descendo a única rua que eu conheci /Como um andarilho eu nasci pra andar sozinho/ E eu mudei de ideia / Não vou perder mais tempo / Mas aqui vou eu de novo / Aqui vou eu de novo”.
Embora perfeita na letra “Here I go Again” não tem como falar que é para casais apaixonados. E você achando que era uma música para cantar para sua namoradinha, heim? Que sorte que deu certo porque ela não entendia inglês…
O bis foi matador com a Zepeliana “Still of the Night” e o final arrebatador de “Burn” que jamais poderia ficar de fora desta turnê, encerrando ali uma brilhante apresentação.
E o que dizer quando após o show, se toca a música “We wish you Well” (Te desejamos o melhor), desejando o melhor a quem pagou ingresso e foi lá valorizar sua obra musical, e ao acender das luzes, que assim como os shows do Iron Maiden, terminam com o tema do filme Monty Python e pouca gente se atenta neste detalhezinho.
Um showzaço, mas claro que preferia ao invés do Solo músicas como “Guilty of Love” e “Don’t break my heart again”. Se tem algo que é a marca da banda, é a presença de palco, e nisso o Whitesnake nunca mudou nesses quase 40 anos de carreira, sempre com grandes espetáculos, vide Rock in Rio 85’ ou Donington 90’ com músicos completamente diferentes.
Lemos algumas criticas que falaram mal tecnicamente da voz de Coverdale, ou da banda, mas vale lembrar que Rock é atitude e o que se teve ali no palco muito mais Rock com atitude do que qualquer palavra de jurado de programa sensacionalista sendo um verdadeiro “leite com pera” que quer ver o rock de uma maneira quadrada e não libertador como realmente o é.
Bad Boys
Slide It In
Love Ain’t No Stranger
The Deeper the Love
Fool for Your Loving
Ain’t No Love in the Heart of the City / Judgement Day
Guitar Solo
Slow an’ Easy/ Bass solo
Crying in the Rain
Is This Love
Give Me All Your Love
Here I Go Again
Still of the Night
Burn
We Wish You Well
Always Look on the Bright Side of Life
(Monty Python song)
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